O servidor público Jonathan Messias Santos da Silva foi condenado na tarde desta terça-feira 20 a 14 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pela morte da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano, em 10 de julho de 2023, quando tinha 23 anos. Cabe recurso.
A sentença foi lida pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro. O julgamento, que terminou no meio da tarde desta terça, começou na véspera e foi suspenso no início da noite. Ele ocorreu no 5º Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste paulistana.
Segundo a polícia, Gabriela Anelli Marchiano foi atingida no pescoço por estilhaços de vidro durante uma briga entre palmeirenses e flamenguistas nas proximidades do Allianz Parque, também na zona oeste da capital.
A garrafa, cujos estilhaços atingiram a torcedora, de acordo com a investigação policial, foi arremessada por Jonathan, que estava preso preventivamente desde julho de 2023. Ele foi detido no Rio de Janeiro.
Segundo o Tribunal de Justiça, o Conselho de Sentença o considerou culpado pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual, ou seja, quando corre-se o risco de matar, conforme foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo.
O conselho reconheceu a materialidade e autoria do crime, bem como as qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que impediu a defesa da vítima.
Jonathan sempre negou a tentativa de matar a torcedora. Ao menos quatro dos sete jurados, ou seja, a maioria, votou pela condenação.
Após o julgamento, o advogado José Victor Moraes Barros, defensor do flamenguista, disse que a decisão do júri foi equivocada com as provas dos autos produzidas até produzidas até o momento.
À princípio, a defesa diz que irá recorrer, mas ainda vai analisar o resultado da condenação. “O julgamento foi difícil com muitas horas e bem exaustivo para todos por envolver a morte da moça Gabriela”, disse.