O padre Chrystian Shankar, conhecido nas redes sociais por seu alcance de mais de 3,7 milhões de seguidores no Instagram, comentou de forma bem-humorada sobre a recente polêmica envolvendo bebês Reborn, bonecas ultrarrealistas que têm gerado discussões nas redes e no Legislativo.
Em uma publicação feita neste sábado 17, o religioso esclareceu que não realiza batismos, primeira comunhão ou orações de libertação para bonecas desse tipo. Em tom irônico, afirmou que casos assim devem ser tratados por psicólogos, psiquiatras ou, “em último caso, com o fabricante da boneca”.
A postagem gerou grande repercussão entre seus seguidores, que reagiram com brincadeiras. Alguns falaram que o padre seria acusado de “rebornfobia”, enquanto outros sugeriram que ele poderia ser denunciado ao conselho tutelar Reborn. Teve até quem oferecesse serviços de babá para esse tipo de “bebê”.
Cresce a polêmica sobre atendimento a bonecas Reborn
A reação do padre ocorre em meio ao crescente debate sobre os limites do uso dos bonecos Reborn, que imitam bebês com aparência e comportamento realistas. Nas redes, há registros de pessoas que os tratam como filhos, com rotinas de alimentação, cuidados médicos simulados e até nomes e documentos próprios.
Em resposta ao fenômeno, três projetos de lei foram protocolados para restringir o uso de bonecos em situações que envolvam atendimento público ou privilégios sociais, como o uso de filas preferenciais em serviços e estabelecimentos.
Um dos projetos, do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG), propõe proibir o atendimento hospitalar a situações envolvendo bebês Reborn. Já o deputado Zacharias Calil (União Brasil-GO) quer que o uso de objetos que simulem crianças para obter benefícios sociais seja considerado uma infração administrativa, com multas de 5 a 20 salários mínimos, podendo dobrar em caso de reincidência.
O parlamentar ainda propôs que os valores arrecadados com as penalidades sejam destinados a fundos voltados à primeira infância.
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