Gabriel Lincoln: defesa protocola pedido de reprodução simulada da perseguição policial

A defesa de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, o adolescente morto após uma perseguição da Polícia Militar (PM), em Palmeira dos Índios, no dia 3 de maio, solicitou oficialmente a reprodução simulada do crime. O pedido foi protocolado ao delegado João Paulo Canuto, da Delegacia de Homicídios.

Gabriel foi baleado durante uma abordagem policial enquanto tentava escapar de policiais militares, pois segundo a família, estava sem habilitação. Segundo a PM, ele teria desobedecido a ordem de parada e atirado contra os agentes, que teriam revidado. No entanto, a família contesta essa versão e afirma que o jovem era inocente e nunca usou arma.

O advogado da família, Gilmar Torres, argumentou que a reprodução simulada é fundamental para esclarecer a dinâmica do ocorrido. “É imprescindível essa reconstituição para trazer luz aos fatos”, declarou ele ao TNH1. A defesa aguarda uma resposta da Polícia Civil sobre o pedido.

Na tarde desta terça-feira (13), o advogado e os familiares de Gabriel têm uma reunião marcada com a Promotoria Criminal de Palmeira dos Índios para tratar do caso.

O crime está sendo investigado por uma comissão de advogados. A medida foi tomada em meio à grande repercussão.

POLICIAIS AFASTADOS

O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, informou que os policiais envolvidos na ação foram afastados das atividades ostensivas e transferidos para funções administrativas até a conclusão das investigações.

“Essa é uma medida protocolar para situações como essa, adotada para garantirmos a transparência e a imparcialidade das apurações. Nos solidarizamos com a dor da família e reafirmamos que tudo será apurado com seriedade e responsabilidade. A Polícia Militar não se exime de investigar qualquer possível excesso”, declarou o coronel.

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