| Foto:
© Divulgação / Polícia Federal
Em menos de sete dias, duas operações da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Militar, visaram combater um recorrente crime ambiental na Grande Vitória, a extração ilegal de areia.Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Federal deflagrou uma operação para suprimir a extração de areia no Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari.A Operação Village reuniu 36 policiais federais para cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de retirar ilegalmente areia da Zona de Amortecimento da área protegida. Ninguém foi preso.Segundo a Polícia Federal, os investigados atuavam de forma “profissional”, e montaram uma estrutura de extração que funcionava à noite, contava com vigias e armazenava o material extraído em depósitos na região.Os envolvidos na operação responderão por crimes de extração ilegal de recursos minerais, dano a Unidade de Conservação, usurpação de patrimônio da União e associação criminosa, com penas que, somadas, podem chegar a quatorze anos de reclusão.
BPMA deflagra Operação Ampulheta para combater extração ilegal de areia na Grande Vitória
| Foto:
© Divulgação / Polícia Militar
No último dia 8, o Ministério Público Estadual (MPES) deflagrou a Operação Ampulheta com o apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema), do GAECO, do Serviço de Inteligência, da 13ª Cia Independente e do 10º Batalhão de Polícia Militar.De acordo com a PM, a operação resultou na apreensão de seis caminhões, um trator, 302 m³ de areia, uma espingarda de dois canos calibre .32 com nove cartuchos, além da condução de cinco indivíduos à Delegacia Regional de Guarapari.Também foram realizados o embargo e a interdição de um estabelecimento de material de construção, a lavratura de quatro multas e duas intimações pela Secretaria de Meio Ambiente de Guarapari, além da elaboração de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) com base no artigo 60 da Lei 9.605/98, por falta de Licença de Operação (LO) do estabelecimento fiscalizado.De novo?Essa não é a primeira vez que há registros do crime de extração ilegal de areia na área. O parque leva o nome do biólogo e ativista Paulo César Vinha, que foi assassinado há 32 anos, em 28 de abril de 1993, por ter denunciado essa prática.Criado inicialmente como “Parque Estadual de Setiba” em 1990, o Parque Estadual Paulo César Vinha foi posteriormente renomeado para homenager o ativista. O parque conta cerca de 1500 hectares de terra e 11 quilômetros de praias e tem como foco a preservação da fauna e flora presentes no ecossistema de restinga.