Estados Unidos e China chegaram a um acordo para encerrar, temporariamente, a guerra tarifária que vinha se intensificando desde o início de abril. O anúncio foi feito nesta segunda-feira 12 pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, após encontro entre representantes dos dois países realizado no último domingo 11.
De acordo com informações publicadas pelo g1, a medida estabelece uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas por ambos os lados e uma redução significativa, superior a 100%, nas alíquotas recíprocas. Com o acordo, as tarifas cobradas entre as duas maiores economias do mundo passam a ser de 10%.
“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, afirmou Bessent, ao lado do representante comercial dos EUA, Jamieson Greer. Os comentários foram feitos na Suíça, onde ocorreram as negociações de fim de semana. “Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção”, completou o secretário.
Segundo Bessent, as delegações chinesa e americana concordaram que nenhuma das partes deseja o chamado “desacoplamento”, ou seja, a ruptura comercial. “O que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio”, declarou.
A escalada começou após o então presidente Donald Trump anunciar, no início de abril, um novo pacote de tarifas contra a China, aumentando a taxa em 34% sobre os produtos chineses, que já enfrentavam uma cobrança anterior de 20%. Em resposta, Pequim retaliou no dia 4 de abril, aplicando o mesmo aumento de 34% às importações dos EUA.
Diante da falta de recuo chinês, Trump ameaçou novos aumentos, o que de fato ocorreu, elevando a alíquota sobre os produtos chineses para 145%. Pequim respondeu de forma equivalente, levando as tarifas sobre produtos norte-americanos ao mesmo patamar.
Somente após essa sequência de retaliações mútuas — que afetou bilhões em comércio global — é que as lideranças decidiram negociar. Com o acordo firmado, os mercados internacionais reagem com otimismo diante da sinalização de alívio nas tensões.
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