Eleições: Temer prevê reviravolta política e Lula fora da disputa

O ex-presidente Michel Temer (MDB) diz acreditar que as crises que o governo Lula (PT) vem enfrentando com o Congresso Nacional e a queda de popularidade com os brasileiros podem fazer com que o mandatário repense sobre disputar a reeleição em 2026.“Eu acho que o presidente Lula não tem feito uma coisa que ele fazia muito nos primeiros mandatos. Ele dialogava muito com o Congresso Nacional. Segundo ponto, caiu a popularidade dele, sem dúvida alguma. O que penso fará com que ele medite duas ou três ou dez vezes para ser candidato à Presidência pela quarta vez”, disse o emedebista ao programa Canal Livre, da Band, que será veiculado neste domingo, 11.Ao fazer uma análise sobre o cenário nacional, Temer aposta no crescimento da direita, com o lançamento de uma candidatura única.“Eu vejo que, nas conversas que eu tive com alguns governadores, eles estão muito dispostos a uma coisa dessa natureza. Se saírem cinco candidatos deste lado e um único candidato do outro lado, é claro que o candidato do outro lado vai ter uma vantagem extraordinária”, declarou.

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O ex-mandatário ainda negou que disputará as eleições de 2026. Ao programa, ele diz “não ter disposição” para concorrer a um cargo eletivo.”Eu descarto. Eu passei 32 anos na vida pública. Ocupei praticamente todos os cargos na República, inclusive a Presidência do Brasil. Então confesso que não tenho mais disposição para tanto”, arrematou.Temer e anistiaO ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu uma “dosimetria” na punição aos envolvidos nos ataques do dia 8 de janeiro de 2023, na contramão dos parlamentares bolsonaristas, que tentam emplacar uma anistia.Temer colocou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na posição de “pacificador” do conflito envolvendo os condenados por participação no ato e os que defendem punição, chegando a um “meio termo”.“O Congresso tem o direito de editar uma lei referente à anistia, não se pode negar isso, mas talvez para não criar nenhum mal-estar com o STF, o melhor seria que o próprio STF fizesse uma nova dosagem das penas”, afirmou o ex-presidente, em entrevista ao jornal O Globo.

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