Empresário que participou dos atos de 8/1 pode ganhar honraria da Alba

O empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, mais conhecido como Clezão, é uma das personalidades que podem ser homenageadas pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), após votação no plenário na próxima terça-feira, 13. Mesmo tendo morrido em novembro de 2023, ele é um dos que podem ser agraciados com a Comenda 2 de Julho durante a semana.O projeto de resolução que visa conceder a maior honraria da Alba a Clezão é de autoria do deputado estadual Diego Castro (PL) e foi avalizado durante a última reunião de lideranças da Casa, na última quarta, 7. Após acordo entre o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), e da oposição, Tiago Correia (PSDB), a proposta teve dispensada todas as formalidades legislativas, não passando por comissões, e seguindo direto para apreciação no plenário.Cleriston morreu no dia 20 de novembro de 2023, aos 46 anos de idade, na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele estava preso acusado de ser um dos participantes do movimento golpista que, no dia 8 de janeiro de 2023, invadiu e destruiu as sedes dos Três Poderes, na capital federal.

Leia Também:

Gilmar, Dino, Bocão e Éverton; veja possíveis homenageados pela Alba

Alba aprova fornecimento gratuito de remédios à base de canabidiol

Com Ivana Bastos, Alba deixa de apreciar apenas projetos de Jerônimo

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), naquela ação golpista, Clezão destruiu uma viatura da Câmara dos Deputados e foi um dos que atearam fogo no salão verde da Casa legislativa.O bolsonarista baiano usava medicação controlada para diabetes e hipertensão, além de sofrer com consequências da Covid-19. Ele faleceu após um mal súbito durante um banho de sol na Papuda, deixando uma esposa e duas filhas.Na época da morte, a família de Cleriston acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de descaso com o estado de saúde do réu. De acordo com os familiares, houve demora para a concessão da liberdade provisória.Quem era ClezãoCleriston Pereira da Cunha nasceu em 1977, no município de Feira da Mata, em um distrito conhecido como Ramalho. Apesar disso, ele morava em Brasília há 20 anos, mantendo um comércio na Colônia Agrícola 26 de Setembro. Pai de duas filhas, o empresário era casado há mais de 25 anos.A família de Clezão mantém uma participação política ativa em Feira da Mata. Seu irmão, Cristiano Pereira da Cunha, conhecido como Cristiano do Ramalho, é vereador pelo PSD. Já seu pai, Edson Cunha, foi vice-prefeito do município entre 1989 e 1992.Durante seu período preso na Papuda, Cleriston precisou de pelo menos oito atendimentos médicos, entre os meses de janeiro e agosto de 2023, mesmo tomando seus medicamentos para diabetes e hipertensão. Esse estado de saúde complexo fez com que sua defesa solicitasse, na época, a liberdade provisória do acusado, o que não foi concedido.Devido à sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Clezão respondia na Justiça por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.