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Trabalhadores de hospitais privados e filantrópicos do Espírito Santo reclamam de longa espera e falta de comunicação para recusar o desconto de 1,5% no salário bruto como taxa sindical.O desconto ocorre a cada dois anos e depende da entrega na sede do sindicato, no Centro de Vitória, de uma série de documentos para que ele não aconteça.Uma carta escrita a próprio punho, com três cópias manuais, além da cópia do documento pessoal com foto e da carteira de identidade, entregues presencialmente, são exigidas para que a taxa sindical seja retirada dos débitos na folha de pagamento.A situação gera filas enormes, todos os anos, que dobram o quarteirão e geralmente terminam em confusão e pessoas não atendidas — o que ocorreu novamente nesta sexta-feira (09), prazo final estabelecido pelo sindicato.A opção de enviar por e-mail a solicitação, no entanto, é uma possibilidade, segundo o advogado do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde Privada (Sintrasades), Diego Nunes.Segundo ele, essa forma de recebimento sempre foi aceita, mas as empresas é que não deixam claro aos funcionários. “Sempre pode. Mas o sindicato patronal não repassa”, diz.Os trabalhadores do setor, no entanto, alegam desconhecer a possibilidade e até enfrentarem recusa por parte de representantes do próprio Sintrasades no recebimento das cartas por e-mail.“As comunicações não estão batendo. Nós fomos informados na quarta-feira que o prazo era até hoje e que precisava vir até o sindicato. A gente tem, por lei, sete dias para se preparar”, reclama a técnica em manutenção Eduarda Soares.A técnica reclama do período curto para o atendimento no dia, que ocorre apenas das 13h às 16h. “Eu perdi um dia de trabalho. Cheguei às 10h30 e agora, quase 17h, saio daqui sem conseguir”, relata Eduarda.Mais de mil funcionários administrativos de hospitais privados e filantrópicos do Estado foram à sede do sindicato nesta sexta (09), quinta (08) e quarta-feira (07), segundo estimativa da própria entidade. Ao todo, são cerca de 5 mil profissionais da área no Espírito Santo.