Veja o que pensa o papa Leão XIV sobre LGBTs, imigrantes, pena de morte e outros temas polêmicos

Religioso de perfil moderado, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira 8 como o novo líder da Igreja Católica. Natural dos Estados Unidos e naturalizado peruano, ele adotou o nome de Leão XIV ao assumir o papado.

A eleição foi anunciada ao público diretamente da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, diante de milhares de fiéis. Leão XIV, de 69 anos, é o 267º papa da Igreja Católica e sucede Francisco. Com formação agostiniana e reputação conciliadora, o novo pontífice defende uma Igreja mais próxima das pessoas, embora mantenha posturas tradicionais em alguns temas.

Veja abaixo os posicionamentos de Leão XIV sobre assuntos importantes da atualidade:


Direitos LGBTQIA+

Leão XIV ainda não fez declarações públicas diretas sobre os direitos da população LGBTQIA+. Contudo, durante discussões internas, ele defendeu que conferências episcopais nacionais tenham autonomia para lidar com a bênção a casais do mesmo sexo, respeitando as realidades culturais de cada país.


Aborto

Em relação ao aborto, Leão XIV segue a doutrina tradicional da Igreja Católica. Ele defende a proteção da vida desde a concepção até a morte natural, posicionando-se contrário a legalização, e já afirmou que nomearia bispos comprometidos com essa posição.


Imigração e críticas a líderes políticos

Com dupla nacionalidade — americana e peruana —, o novo papa tem histórico de críticas à política migratória dos Estados Unidos, especialmente durante o governo de Donald Trump. Em redes sociais, antes do conclave, ele compartilhou críticas a deportações consideradas injustas.

Também se manifestou contra declarações do atual vice-presidente americano, JD Vance, que defendeu um amor cristão hierarquizado. Para Leão XIV, essa visão não representa o verdadeiro espírito do cristianismo.


Pena de morte

Leão XIV é abertamente contrário à pena de morte. Em entrevista anterior ao jornal La República, do Peru, declarou que a punição é “inadmissível” sob a ótica cristã. Para ele, a Igreja deve sempre estar ao lado da vida.


Ordenação de mulheres

O novo papa se mostrou contrário à ordenação feminina. Durante o Sínodo de 2023, afirmou que “clericalizar as mulheres” não resolveria os problemas da Igreja e poderia criar novos. Para ele, o debate precisa ir além da simples inclusão em cargos eclesiásticos.


Uma Igreja próxima das pessoas

Em várias entrevistas anteriores ao conclave, Leão XIV defendeu uma Igreja com maior presença no cotidiano dos fiéis. Segundo ele, os bispos e líderes católicos devem caminhar ao lado do povo e não se isolar em estruturas distantes.

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