Bill Gates promete doar cerca de R$ 1 trilhão para pessoas mais pobres até 2045

O bilionário Bill Gates, cofundador da Microsoft e filantropo, anunciou nesta quinta-feira 8 que pretende doar quase toda a sua fortuna pessoal nos próximos vinte anos. Aos 69 anos, Gates afirmou que cerca de US$ 200 bilhões (aproximadamente R$ 1,1 trilhão) serão destinados aos mais pobres do mundo por meio da Fundação Bill & Melinda Gates. Confira a publicação AQUI.

A promessa foi feita em uma postagem publicada em seu site oficial, no mesmo dia em que a fundação completou 25 anos. Criada em 2000 com sua então esposa, Melinda French Gates, a entidade passou a contar posteriormente com o apoio do megainvestidor Warren Buffett.

“Eu percorri um longo caminho desde que era apenas um garoto iniciando uma empresa de software com meu amigo da escola”, escreveu Gates, em tom reflexivo ao relembrar sua trajetória.

O anúncio vem em um momento de retração da ajuda internacional por parte de diversos governos ao redor do mundo. Gates declarou que está acelerando seus planos filantrópicos e pretende encerrar as atividades da fundação até 31 de dezembro de 2045.

“As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, afirmou.

Para o filantropo, manter recursos financeiros enquanto há necessidades urgentes no mundo não é uma opção. “Existem problemas urgentes demais para eu manter recursos que poderiam ser usados para ajudar outras pessoas.”

Em sua declaração, Gates fez uma crítica velada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao mencionar os cortes na ajuda externa promovidos durante sua gestão. Os EUA, tradicionalmente o maior doador do mundo, reduziram significativamente esse tipo de apoio.

“Não está claro se os países mais ricos do mundo continuarão a apoiar os mais pobres”, observou Gates, citando ainda a diminuição dos aportes de países como Reino Unido e França.

Ele destacou que os objetivos da fundação incluem evitar mortes evitáveis entre recém-nascidos, crianças e mães, erradicar doenças como poliomielite, malária e sarampo, além de combater a pobreza.

Apesar da imensa capacidade financeira da instituição, Gates ressaltou que a colaboração dos governos é indispensável. “O progresso não seria possível sem o apoio dos governos.”

O bilionário também elogiou países africanos que, diante da redução de ajuda internacional, remanejaram seus orçamentos para manter programas sociais essenciais. Ainda assim, ele alertou: “a poliomielite não será erradicada sem financiamento dos EUA”.

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