O município de Assú alcançou o 10º lugar entre os mais de 5 mil municípios brasileiros no ranking do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) pela inclusão de beneficiários do Bolsa Família no mercado de trabalho. O reconhecimento veio a partir da análise de dados do Cadastro Único, que indicaram a saída de um número expressivo de pessoas do programa por terem obtido renda superior à exigida para continuar recebendo o benefício.
“É um trabalho de formiguinha. A inclusão produtiva, nesse caso do prêmio, é a inclusão produtiva das pessoas que estão na base do Cadastro Único, no Bolsa Família. Então, são pessoas que saíram do Cadastro Único e ingressaram no mercado de trabalho”, afirmou a secretária de Assistência Social, Kátia Soares. “Graças aos cursos que nós fizemos no ano passado, isso qualificou as pessoas para essa inserção.”
Kátia relatou que o ministério identificou, por meio cruzamento de dados, que muitas pessoas saíram do Cadastro Único após conseguirem emprego. “Eles conseguiram diagnosticar. E chegaram à conclusão que o município teve um número tão grande de pessoas que conseguiram ingressar no mercado de trabalho que a gente foi agraciado como o décimo colocado no país.”
Segundo a secretária, a elevação da renda familiar média reflete diretamente na melhoria da qualidade de vida. “A intenção não é que as pessoas permaneçam no Bolsa Família. A intenção é que as pessoas consigam sair do Bolsa, porque saindo do Bolsa significa que ele melhorou de renda. Porque a renda per capita para receber o Bolsa Família é de R$ 218,00. Quando ele sai, significa que a renda aumentou. Se aumentou, a qualidade de vida também melhorou”, explicou.
Além da inserção no mercado, o município tem ampliado o alcance de outras políticas públicas, como o programa municipal Vale Cidadão. Mais de 5 mil famílias são beneficiadas mensalmente com vales que substituem a tradicional cesta básica, permitindo que cada pessoa escolha os itens conforme sua real necessidade. “A gente organiza para que ninguém pegue fila e que todos cheguem e recebam o seu vale tranquilamente e possam ir ao supermercado para comprar o que mais necessita”, explicou a gestora.
“Eu posso dar um quilo de arroz e a pessoa está precisando de um biscoito para o seu filho. Ou precisa de mais arroz. Ela vai lá e escolhe o que realmente é a sua necessidade. Isso é ver o cidadão mais de perto e acolher. Isso é trazer mais dignidade à vida dessas famílias”, completou.
As entregas ocorrem até o dia 23 de maio em diferentes pontos, tanto na zona urbana quanto na zona rural, incluindo comunidades como Boa Vista, Caboclo, Camelo, Baviera, Parati, Limoeiro, Cumbi, Quixeré e outras. Quem não puder receber no dia agendado poderá retirar o vale até dois dias úteis após o encerramento da distribuição. “Não podemos ultrapassar, porque a gente tem um calendário e uma prestação de contas, o supermercado tem que passar todas as notas para a gente”, afirmou Kátia.
A secretária também falou sobre as ações de proteção à infância e juventude dentro da campanha “Maio Laranja”, com foco na prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes. “Estamos falando com as famílias para que elas possam escutar. Porque o nosso trabalho é esse, é fortalecer o vínculo da criança, para que ela entenda que ela precisa denunciar caso sofra algum abuso. E também falar para as famílias para que acolham essa fala.”
Segundo Kátia, o trabalho envolve todas as faixas etárias, inclusive os idosos. “Só nos nossos serviços temos mais de 300 idosos cadastrados e mais de 200 crianças. Esse é o nosso público diário. A gente está criando um ambiente protegido para elas e mostrando a importância de falar.”
A secretária reforçou que o trabalho é contínuo e multifacetado. “A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Cidadania e Habitação é um mundo de trabalho. Só conhece a secretaria quem passa os muros da secretaria. Quem vê de fora acha que as coisas são bem tranquilas, mas não são”, afirmou. “Estamos em escolas, no serviço de convivência, com palestras, vídeos e orientações diretas à população.”