Leia Também:
Bahia leva virada do Nacional e perde a primeira na Libertadores
FIFA confirma Salvador entre as sedes da Copa do Mundo Feminina 2027
“Vai fazer frente com todo mundo”, diz torcedor sobre Bahia na Liberta
A trajetória de Fratus é um reflexo direto do que deseja inspirar em outros atletas. Após disputar os Jogos Olímpicos de Londres 2012 e Rio 2016, ele conquistou a medalha de bronze nos 50m livre em Tóquio, em 2021. No entanto, a jornada não foi linear: além das pressões do alto rendimento, ele enfrentou severas crises de ansiedade, cirurgias frequentes e a difícil decisão de encerrar a carreira competitiva antes de Paris 2024.“Eu realmente não queria me aposentar. Tive muitas lesões para continuar, mas, na minha cabeça, eu ainda sou um atleta. Quando voltei a nadar, comecei a sofrer fortes crises de ansiedade além de toda a dor. Um dia, tive que tirar a cabeça da água porque simplesmente esqueci como nadar”, relembra. “Minha esposa Michelle disse: ‘Vamos lá. Acabou.’ O atleta dentro de mim está vivo, mas agora canalizo essa energia para outro lugar produtivo”, declarou.Como embaixador do COI, Fratus quer ajudar a quebrar o tabu sobre saúde mental no esporte, promover escuta, prevenção e estrutura de apoio para atletas, e levar mensagens de acolhimento também para o público geral.“As pessoas admiram os atletas. Quero ajudar a espalhar a palavra para além dos atletas, para o resto do mundo. Falamos sobre mudar o mundo através do esporte, a Trégua Olímpica. Eu realmente acredito nisso. Quero desempenhar qualquer papel que puder para melhorar a vida dos atletas”, finalizou.