Médico que matou namorada de 15 anos com tiro é preso; vídeo mostra homem ‘brincando’ com arma

médico mata adolescente
Vídeo mostra médico brincando com arma de fogo

Texto de Ana Oliveira, para o Pragmatismo

Um crime brutal envolvendo um médico e uma adolescente de apenas 15 anos chocou Mato Grosso e reacendeu o debate sobre porte de armas e relações abusivas com menores. O ginecologista e obstetra Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, foi preso em flagrante por matar a própria namorada com um tiro no rosto, no último sábado (3), em frente à casa onde ela morava, em Guarantã do Norte, a cerca de 721 km de Cuiabá.

Em depoimento à polícia, Bruno afirmou que estava embriagado no momento do disparo e que não teve a intenção de matar a jovem. “Eu não sei o que aconteceu. Eu estava bêbado”, declarou à delegada responsável pelo caso. A versão, no entanto, é questionada por familiares e pelas autoridades, que investigam se o crime foi doloso.

Um vídeo obtido pela Polícia Civil e divulgado pelo portal G1 mostra o médico dias antes do crime, no interior de um veículo, brincando com a mesma arma usada para matar a garota. Nas imagens, Bruno aparece girando o tambor do revólver enquanto a adolescente, visivelmente desconfortável, observa a cena. O conteúdo, segundo os investigadores, reforça a hipótese de imprudência ou mesmo negligência reiterada no manuseio da arma.

A defesa do médico tenta sustentar que o disparo foi acidental. Segundo a advogada dele, o médico estava em “estado de vulnerabilidade” por uso excessivo de álcool. No entanto, o Ministério Público deve analisar a possibilidade de apresentar denúncia por homicídio doloso com qualificadoras, uma vez que ele era maior de idade, mantinha relacionamento com uma menor e tinha plena consciência do risco de portar uma arma de forma irresponsável.

O crime também acendeu alertas para a banalização das relações entre adultos e adolescentes, além da normalização da posse de armas em contextos pessoais. A jovem, cuja identidade foi preservada, era menor de idade e mantinha relacionamento afetivo com um homem 14 anos mais velho. Há indícios de que ela já sofria controle emocional e possivelmente psicológico por parte do companheiro, apontaram amigos próximos da vítima à polícia.

Bruno foi autuado em flagrante por homicídio e segue preso. A Polícia Civil trabalha agora para reunir elementos que apontem a real motivação do crime, e também para esclarecer como o médico teve acesso à arma, que estava registrada em nome de terceiros. A Justiça deve decidir nos próximos dias se ele responderá por feminicídio.

O médico e a vítima

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