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A pesquisa revelou também que, das 103,8 milhões de pessoas ocupadas no período analisado, 78,3 milhões declararam trabalhar mais de 36 horas na semana. Dessas, 38,4 milhões afirmavam ter carteira assinada.GêneroA pesquisa revelou ainda quem será mais impactado pela aprovação da medida por recorte de gênero. Os homens aparecem proporcionalmente mais afetados do que as mulheres, caso o texto seja aprovado, por apresentarem jornadas médias de trabalho remunerado mais longas.Mesmo assim, as mulheres também seriam beneficiadas indiretamente, pois a redução nas jornadas de trabalho pode abrir espaço para divisões mais igualitárias de tarefas domésticas, como afirmam as pesquisadoras.OcupaçãoOs dados apurados apontam também que 20% da população ocupada, ou 21 milhões de pessoas, trabalham mais horas semanais do que as 44 permitidas pela legislação atual. Nessa condição estão 17,9% dos trabalhadores formais, 20,4% dos informais e 42,8% dos empregadores.Esse número supera 30% nas atividades de transporte/armazenagem e alojamento/alimentação. E chega perto dessa marca em três grupamentos ocupacionais: operadores de máquinas, diretores e gerentes, e trabalhadores qualificados na agropecuária.A escala de trabalho 6×1, na qual o descanso remunerado ocorre apenas aos domingos, é uma proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que é relatora do projeto que busca mudar a Constituição para alterar a jornada dos trabalhadores.