Lula nomeia procurador federal para presidência do INSS

Lula nomeia procurador federal para presidência do INSS

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Divulgação/AGU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta quarta-feira (30) o procurador Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)Ele substitui Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo após o escândalo dos descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas.A informação de que Lula nomearia diretamente o novo presidente havia sido anunciada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nesta quarta.Waller é bacharel em ciências jurídicas e sociais com pós-graduação em combate à corrupção e lavagem de dinheiro. Também formado em Direito, ele ingressou no poder público como procurador do INSS em 1998, tendo ocupado os cargos de corregedor-geral do INSS de 2001 a 2004 e subprocurador-geral do INSS de 2007 a 2008.Na CGU (Controladoria-Geral da União), ocupou a função de ouvidor-geral da União de março de 2016 a janeiro de 2019 e de corregedor-geral da União de 2019 a 2023. Atualmente, ocupa o cargo de corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia Geral da União.Segundo aliados do presidente, o nome de Waller foi sugerido pelo ministro-chefe da AGU, Jorge Messias. Pesou para a escolha o perfil técnico, descrito como de “xerife”, do novo superintendente do INSS.O novo presidente do instituto teve uma conversa com Lula, que deu carta branca para adotar medidas saneadoras no INSS. Além da trajetória fora do instituto, a passagem pelo INSS foi levada em conta para a escolha. Segundo relatos, Lula teria dito “faça o que deve ser feito”.A ideia foi buscar um nome técnico com ampla experiência em gestão e auditoria mas com conhecimento técnico da área.Lula optou por tomar a responsabilidade para si, ao invés de deixá-la com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, chefe da pasta a qual o instituto é vinculado. Segundo Gleisi, a decisão não se tratou de desconfiança de Lula em relação ao ministro.Atas de reuniões de 2023 mostraram que o Lupi havia sido informado sobre o aumento das denúncias de irregularidades nos descontos do INSS, mas levou cerca de um ano para tomar as devidas providências.

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