O dia 30 de abril de 2025 entrou para a história da logística brasileira. O Estado do Paraná se tornou o primeiro do país a contar com um porto público com 100% da sua área regularizada. A conquista veio com a realização de três leilões na B3, em São Paulo, envolvendo as áreas PAR14, PAR15 e PAR25 do Porto de Paranaguá. O resultado foi expressivo: R$ 855 milhões em outorgas e R$ 2,2 bilhões garantidos em investimentos ao longo de 35 anos.
Essa marca inédita não apenas chancela a eficiência da administração da Portos do Paraná, mas também reforça o protagonismo do Paraná como centro logístico estratégico do Brasil. Os investimentos confirmam o interesse do mercado privado em participar do projeto de desenvolvimento do porto, com gigantes como BTG Pactual Commodities, Cargill Brasil e o Consórcio ALDC arrematando as áreas oferecidas.
Modelo de gestão atrai confiança
Diferente da realidade da maioria dos portos públicos no país, a Portos do Paraná tem autonomia administrativa para conduzir seus próprios leilões desde 2019. Essa independência técnica e jurídica tem feito a diferença. Desde então, já foram realizados oito leilões, totalizando mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos e arrecadações, com credibilidade e segurança jurídica.
As áreas arrematadas, que somam 169 mil metros quadrados, são voltadas ao escoamento de granéis sólidos vegetais, como soja, farelo e milho, produtos fundamentais para o agronegócio nacional. Os contratos incluem melhorias nas conexões ferroviárias, pavimentação, equipamentos modernos de descarga e ampliação da capacidade operacional.
Números que falam por si
Em 2024, o Porto de Paranaguá atingiu a marca histórica de 66,7 milhões de toneladas movimentadas, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior e acima da meta prevista pelo governo federal para 2030. Para 2025, a projeção é de 70 milhões de toneladas. Esses números se explicam não só pelo crescimento do setor produtivo, mas principalmente pela gestão moderna e eficiente da infraestrutura portuária.
O porto é hoje palco da maior obra portuária do Brasil, o Moegão Ferroviário, orçado em R$ 600 milhões e com previsão de conclusão até o fim de 2025. Além disso, está em andamento a construção do novo píer em formato de T, com investimento público direto de R$ 1 bilhão, algo inédito em cinco décadas. E, recentemente, o TCU autorizou o primeiro leilão de concessão do Canal de Acesso do país.
Um novo capítulo para o Paraná
O marco alcançado é mais que um dado estatístico. É o reflexo de um projeto de Estado, que se consolidou com planejamento, responsabilidade e visão de longo prazo. O Paraná demonstra ao Brasil que é possível unir eficiência pública, segurança jurídica e confiança do mercado em uma gestão que entrega resultados concretos.
O Porto de Paranaguá, que no passado já foi motivo de críticas, hoje é motivo de orgulho nacional. Cinco vezes reconhecido como a melhor gestão portuária do país, caminha para se tornar a principal referência de logística e infraestrutura da América do Sul.
O sucesso dos leilões reforça o papel do porto como motor de desenvolvimento, gerador de emprego, renda e competitividade para o agronegócio e para toda a economia paranaense. O Estado mostra, com fatos e números, que é possível ser eficiente, moderno e protagonista.
