A romancista alemã Alexandra Fröhlich, autora de sucessos como “Minha sogra russa e outras catástrofes” e “Esqueletos no Armário”, foi morta a tiros em um ataque violento na embarcação onde vivia, ancorada no Rio Elba, em Hamburgo, na Alemanha.
Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, “Minha sogra russa e outras catástrofes”, inspirado em suas próprias experiências com a sogra. O romance vendeu mais de 50 mil cópias e figurou na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel. Nos anos seguintes, lançou mais três livros: “Viajando com russos” (2014), sequência de seu primeiro romance; “As pessoas sempre morrem” (2016); e “Esqueletos no armário” (2019). As obras foram traduzidas e lançadas em países como França, Rússia e Inglaterra, mas nunca receberam edições em português.
De acordo com informações da polícia local, o corpo da escritora, de 58 anos, foi encontrado na manhã da última terça-feira, no interior de sua casa flutuante, pintada em um tom marcante de cereja. O cadáver foi descoberto por um de seus três filhos.
A investigação inicial aponta que Alexandra foi assassinada entre meia-noite e 5h30 da manhã. A polícia faz apelos por testemunhas que possam ter visto movimentos suspeitos na região durante a madrugada. Até o momento, as autoridades não confirmaram a identificação de um suspeito, segundo o jornal britânico The Guardian.
Fröhlich começou sua trajetória profissional como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina antes de se tornar freelancer. Em 2012, migrou para a literatura, consolidando-se como autora de comédias dramáticas com olhar afiado sobre o cotidiano familiar e os conflitos culturais.
A morte da escritora causou comoção no meio literário alemão e entre seus leitores fiéis. As motivações do crime ainda estão sendo investigadas.