Estudo aponta que jovens estão cada vez mais tristes; entenda

Antes imaginada como uma das fases da vida com maiores picos de felicidade por conta de poucas responsabilidades e das possibilidades do futuro, a juventude agora chama atenção de estudiosos.Um estudo global com mais de 200 mil participantes revela que os jovens adultos enfrentam níveis inéditos de tristeza e dificuldades emocionais, o que desafia a tradicional ideia de que a juventude representa o ápice da felicidade.Leia tambémMiojo sem tempero é saudável? Entenda o mito em três minutosAlterações nas unhas podem indicar problemas de saúdeA pesquisa, conduzida por universidades renomadas, aponta para uma mudança significativa no padrão de bem-estar ao longo da vida, com impactos preocupantes para a saúde mental e física dessa faixa etária.Quer receber mais notícias e dicas de saúde? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!A curva da felicidade mudouTradicionalmente, a felicidade ao longo da vida é representada por uma curva em “U”, onde os momentos de maior bem-estar ocorrem na juventude e na velhice, com uma queda na meia-idade.Porém, os dados coletados em 2023 indicam que essa curva se achatou, especialmente no ápice jovem. Jovens entre 18 e 29 anos relataram níveis mais baixos de “florescimento” – um conceito que engloba saúde física e mental, sentido de vida, qualidade dos relacionamentos e segurança financeira.Alcance do estudoO Estudo Global Flourishing, realizado em parceria entre as Universidades de Harvard e Baylor, analisou respostas autorrelatadas de mais de 200 mil pessoas em mais de 20 países.Os participantes avaliaram diversos aspectos de suas vidas, o que permitiu uma visão abrangente do estado atual do bem-estar juvenil em diferentes contextos culturais.Os resultados mostram que muitos jovens sofrem com ansiedade, depressão e solidão em níveis alarmantes.O aumento do perfeccionismo e a pressão para corresponder a expectativas irreais são fatores destacados, assim como a redução da participação em atividades comunitárias e religiosas, que historicamente contribuíam para fortalecer o suporte social.Um fenômeno globalEmbora a tendência de queda no bem-estar juvenil seja observada em grande parte do mundo, inclusive no Brasil, alguns países apresentam padrões diferentes.Japão e Quênia ainda mantêm a tradicional curva em “U”, enquanto na Polônia e Tanzânia o florescimento diminui com a idade. Isso sugere que fatores culturais e socioeconômicos influenciam a experiência dos jovens.Especialistas alertam para a necessidade de investimento maior no bem-estar dos jovens, devido aos impactos a longo prazo dessa crise emocional. O estudo continuará a coletar dados até 2027, com o objetivo de compreender melhor as causas e possíveis soluções para reverter essa tendência preocupante.
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