Hipertensão arterial: hábitos saudáveis ajudam a combater ou retardar a doença

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Na data de 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Ela é considerada uma doença silenciosa, pois a maioria das pessoas descobre que sofre desse mal quando desenvolve uma enfermidade mais grave. A data é uma maneira de reforçar a necessidade em cuidar da saúde.

“Celebração geralmente nos remete a comemoração, no entanto o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é muito mais um grito de alerta sobre a gravidade da forma de evolução desta devastadora doença em nossa sociedade”, pontua o coordenador do curso de medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – campus Toledo – professor doutor cardiologista Emilton Lima Júnior.

Os números atuais sobre o controle da hipertensão arterial são alarmantes. O cardiologista aponta que a maioria dos pacientes portadores já tiveram a sua pressão aferida (90% – aproximadamente), mas somente 20% estão com a pressão arterial controlada, isto é, a imensa maioria dos pacientes hipertensos permanecem expostos às mortais complicações desta doença.

Dados do Ministério da Saúde estimam que 388 brasileiros morrem por dia no Brasil em idade produtiva, com papel ainda importante na sociedade e família, devido a hipertensão. “Não existe outra justificativa para este fato a não ser que estamos falhando no diagnóstico e tratando adequados para esta população. O SUS disponibiliza tratamento adequado e suficiente para que mais de 80% dos pacientes hipertensos estivessem com a pressão controlada. Mais de 70% dos casos de AVC – derrame cerebral -, 50% dos casos de Insuficiência Cardíaca e 40% dos Infartos do miocárdio são em decorrência da hipertensão arterial não controlada. Estamos perdendo pais, mães, irmãos e filhos para uma doença de fácil diagnóstico e perfeito controle se tratada adequadamente”.

SINAIS DE ALERTA – O médico explica que a hipertensão Arterial é uma doença que se caracteriza por uma elevação constante e manda da pressão arterial. São considerados hipertensas as pessoas com valores de pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14/9).

“Na grande maioria dos casos o paciente não apresenta nenhum sinal de alerta no início da doença, não sente absolutamente nada, nenhum sintoma. Quando alguns sinais aparecem, como: ‘cansaço’, ‘batedeira no coração’, ‘dor no peito’ ou ‘dor de cabeça’; geralmente estão associados já ao aparecimento de complicações circulatórias”, alerta.

PERFIL DO PACIENTE – O cardiologista explica que a hipertensão arterial é uma doença herdada dos país e/ou avós, por este motivo ter alguém na família com hipertensão aumenta muito o risco de se desenvolver a doença. Contudo, para isso acontecer existe a necessidade de que fatores comportamentais como abuso do sal, bebidas alcoólicas, sedentarismo, obesidade ou um sono desregrado e/ou fatores ambientais como poluição estejam presentes na vida desta pessoa.

“Os mecanismos relacionados com o desenvolvimento e apresentação das doenças associadas são muito complexos e de difícil explicação, podemos resumir dizendo: ‘as pessoas que carregam a predisposição genética quando expostas aos riscos comportamentais e ambientais acabam por desenvolver a hipertensão arterial’”, descreve.

VIDA SAUDÁVEL – Na tentativa de evitar ou retardar o aparecimento da hipertensão arterial, o médico cita que é importante praticar atividade física regular, manter o peso corporal ideal, ter uma alimentação saudável (baixo consumo de sal e de bebidas alcoólicas) e dormir adequadamente. Ou seja, ter uma vida com hábitos saudáveis e consultar regularmente o médico.

O cardiologista reforça que também é primordial – quando presente – manter o controle adequado de outras doenças, tais como: diabetes, obesidade, colesterol alto, pois é muito importante para a saúde do coração. “Se tiver o diagnóstico de hipertensão arterial, trate logo, trate intensivamente e trate as outras doenças que estiverem associadas. Para a maioria dos pacientes hipertensos o ideal é: com o tratamento adequado atingir, em três meses, a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg.

TRATAMENTO

O coordenador do curso de medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – campus Toledo – professor doutor cardiologista Emilton Lima Júnior aponta que existem dois tipos de tratamento:

1 – ter um estilo de vida saudável, que leva a uma redução do risco de desenvolver a hipertensão arterial ou um controle mais fácil da doença depois que ela já se estabeleceu. O estilo de vida saudável passa por: não abusar do sal e das bebidas alcoólicas, manter-se com um peso normal, fazer exercícios regulares, não fumar e ter uma qualidade e quantidade de sono diário adequada;

2 –  tratamento medicamentoso, após o diagnóstico da hipertensão arterial é necessário o início, o mais cedo possível, de um esquema de tratamento com medicações, estes medicamentos poderão ser ajustados conforme a necessidade. Vale a pena lembrar que hipertensão não tem cura e o tratamento deverá ser feito por toda vida do paciente.

Da Redação

TOLEDO

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