Família contesta versão da PM sobre morte em Dias D’Ávila: “Era trabalhador”

Um homem identificado como Alex Rodrigues Dias, conhecido como Léo, de 34 anos, foi morto na tarde deste sábado, 26, durante uma operação policial na Baixada da Urbis, na cidade de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Em entrevista ao portal A TARDE, Mileidy, irmã da vítima, afirmou que Alex não tinha envolvimento com o crime. A declaração contrasta com a versão apresentada pela Polícia Militar, que afirma que ele teria participado de uma troca de tiros com os agentes.

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De acordo com a PM, durante as diligências, os militares avistaram um grupo armado que, ao perceber a presença da polícia, atirou contra os agentes e fugiu. Segundo a corporação, houve troca de tiros, e um dos suspeitos entrou em uma casa. Ao ser localizado dentro do imóvel, Alex teria iniciado um novo confronto com os policiais.Ainda segundo informações da Polícia, após os disparos, Alex foi encontrado ferido e socorrido imediatamente a uma unidade hospitalar, onde não resistiu. A polícia apresentou uma arma de fogo e munições na unidade policial responsável pela área.Versão da FamíliaContudo, conforme o relato de Mileidy, por volta das 14h40, um carro branco, não identificado, estacionou em frente à residência da vítima. Alex estaria dentro de casa, acompanhado do filho, assistindo televisão, quando os policiais teriam invadido o imóvel e iniciado a abordagem.”Meu irmão estava dentro de casa, com o filho dele assistindo. Eles tiraram a criança de dentro de casa e só deixaram meu irmão. Mandaram meu irmão se ajoelhar e perguntaram se ele era envolvido com algo, revistaram toda a casa”, relatou.Mileidy também afirma que a arma encontrada não pertencia ao seu irmão. “Meu irmão disse que não era envolvido. Nem sequer consultaram seus antecedentes criminais, para ver que ele não tem nenhuma passagem pela polícia. Meu irmão era trabalhador.vA arma não estava com meu irmão, aquela arma não era dele”.Mileidy relatou que a ação foi marcada pela violência: segundo ela, os policiais oprimiram Alex, gritaram com os familiares que estavam do lado de fora da casa e chegaram a ameaçá-los de atirar. Em seguida, iniciaram os disparos que matou Alex. “Foram uns oito tiros, dois eles deram contra a parede dizer que teve uma troca de tiros”, afirma.A família também afirma que policiais demoraram a acionar socorro após os disparos: “Deram tempo até meu irmão morrer e ligaram para a viatura. Foi isso que aconteceu, não teve troca de tiro, meu irmão não era traficante, colocaram um vulgo que nunca existiu. Meu irmão era trabalhador, pai de dois filhos menores, e criava eles sozinho”, concluiu emocionada.Veja vídeo:

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