Um Papa fora da curva: Fiéis demonstram admiração e respeito pelo Papa Francisco

A morte do Papa Francisco aos 88 anos, ocorrida na última segunda-feira, 21, gerou muita repercussão nas redes sociais. Isso se deve pois Francisco foi um papa “fora da curva”, abriu as portas da Igreja Católica para algumas reformas, as quais considerava importantes e olhou para os pobres e povos com mais humildade.

Jorge Mario Bergóglio foi um papa do povo e tendo sua inspiração em São Francisco, seus trabalhos sempre estavam ligados, não somente a humanidade, mas também para cuidar do meio ambiente, o equilíbrio entre a vida humana e a natureza e principalmente a busca por uma unidade, uma sinodalidade entre os povos. 

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Seus trabalhos eram reconhecidos pelos fiéis e suas ações eram como um evangelho, pregado através de seu exemplo em vida. Era um papa próximo do povo e sua humildade estava acima até de alguns protocolos de segurança papal do Vaticano.

A partir disso, a Folha do Litoral News presta a sua homenagem ao Papa Francisco, ao entrevistar dois fiéis da Diocese de Paranaguá que tiveram a oportunidade de estarem próximos do pontífice. 

A bênção que emociona: Margareth da Cunha retrata a experiência com o Papa Francisco em Roma 

O ano era 2022 e Margareth Miranda da Cunha realiza uma viagem a Roma e realiza um dos seus maiores sonhos: estar perto do papa. No dia em que foi a Roma, Margareth contou que chovia muito, mas nada a fazia perder a vontade de estar próximo ao líder máximo da Igreja Católica. 

“No dia em que fazíamos a visita ao santo padre, chovia muito, ficamos na fila para conseguir a credencial para conseguir entrar na basílica. Aqueles que não conseguiam a credencial, tinham que esperar pelo papa ao lado de fora, quando aparecesse no papamóvel. Então conseguir entrar lá na basílica já é uma grande conquista”, relatou Margareth Miranda da Cunha, membro da Paróquia São José em Pontal do Paraná.

A fiel contou que ao entrar na basílica, haviam representantes de diversos países que realizavam a tradução das palavras do santo padre, aos fiéis, cada qual em sua língua e que além disso, o Papa Francisco rezou alguns trechos da celebração da santa missa nas línguas das pessoas presentes dentro da basílica. 

Para ela, foi uma experiência maravilhosa e que irá guardar para sempre em sua memória e em seu coração. A humildade de Francisco, o acolhimento, foram os fatores que mais marcaram sua visita ao pontífice, revelando nele o rosto de Cristo.

“Após a celebração da missa, o papa veio na direção do povo, abençoando crianças, os objetos de devoção de cada um e foi um momento emocionante!”, declarou a fiel. 

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“Após a celebração da missa, o papa veio na direção do povo, abençoando crianças, os objetos de devoção de cada um e foi um momento emocionante!”, declarou Margareth Miranda da Cunha, membro da Paróquia São José, em Pontal do Paraná (Foto: Margareth Miranda da Cunha/Arquivo pessoal)

Neste momento, a emoção tomou conta e transformou aquele encontro em um dia marcante para Margareth, pois não somente seus objetos foram abençoados como também, o papa concedeu um aperto de mãos e uma benção. 

“Esse momento estará marcado pra sempre em mim. Quando vejo ele vindo em nossa direção, e abençoando com paciência a cada um dos fiéis, com paciência, humildade, é incrível! Ao chegar na minha frente, meu Deus, o papa abençoou os terços que estavam em minhas mãos e ainda consegui pegar em suas mãos e receber uma benção, esse foi um momento muito marcante”, destacou Margareth.

Para a fiel, o pontífice era uma pessoa muito abençoada por Deus e tudo o que fazia era natural, de maneira humilde, simplicidade.

“Eu fiquei  paralisada, porque era tão  natural o que ele fazia, ao meu lado, tinha um bebê  que chorava muito, ele desceu as escadas, pegou o bebê no colo e o bebê dormiu na hora. Eu fiquei  impressionada  com  aquilo, parecia que ele era mágico, tamanha a energia que  ele passava para as pessoas”, salientou a fiel.

Jornadas Mundiais da Juventude: Mateus Schemberger relata suas experiências com o Papa Francisco

Mateus França Schemberger, da Paróquia de São João Batista da cidade de Campina Grande do Sul, conseguiu encontrar o Papa Francisco em quatro Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Sua experiência iniciou na JMJ no Brasil na cidade do Rio de Janeiro em 2013, em seguida participou da JMJ em Cracóvia na Polônia no ano de 2016, logo após foi para a JMJ na Cidade do Panamá no Panamá no ano de 2019 e por último, participou da JMJ de Lisboa em Portugal no ano de 2023.

Se encontrar com o Papa Francisco pela primeira vez aos 18 anos na JMJ Rio de Janeiro, foi uma experiência incrível, e Mateus destacou um sentimento de euforia muito grande e único.

“Quando iniciei as jornadas, tinha 18 anos, e na última tinha 28 anos, então há uma mudança de mentalidade, maturidade. A primeira vez que o vi, foi uma sensação de euforia muito forte, pois o papa tinha acabado de ser eleito e veio a jornada no Brasil. Já em Portugal a sensação foi completamente diferente, pois o Papa Francisco já tinha o seu pontificado muito bem estabelecido e eu o olhava com olhar de admiração. Creio que as sensações que eu sentia, estavam atreladas também às experiências de vida”, relatou Mateus França Schemberger, membro da paróquia São João Batista da cidade de Campina Grande do Sul.

O fiel disse à Folha do Litoral News, que em cada jornada a sua sensação muda, ora por suas experiências de vida e amadurecimento, ora por estar em locais e com culturas diferentes. Na JMJ ocorrida na Polônia, no ano da misericórdia, o jovem comentou que foi uma verdadeira renovação de fé.

“Na época da jornada em Cracóvia, a sensação foi completamente diferente, pois estava passando por alguns problemas e tive uma verdadeira experiência de renovação da minha fé, e justamente neste ano foi minha primeira experiência como voluntário na jornada mundial da juventude e a forma como tudo acontece é completamente diferente”, enfatizou o fiel.

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“Sempre terei o Papa Francisco como uma referência como pessoa e como religioso”, membro da paróquia São João Batista da cidade de Campina Grande do Sul (Foto: Mateus França Schemberger/Arquivo pessoal)

Mateus conseguiu ficar próximo ao Papa Francisco em todas as JMJs que participou, mas foi na do Panamá que esse encontro foi ainda mais próximo. Como era voluntário, o pontífice passou entre os voluntários, os abençoando para o trabalho que desempenharam.

“Nesse momento o papamóvel parou de funcionar, e tentei alcançá-lo para pegar em sua mão, mas não consegui. Mas um amigo conseguiu entregar ao pontífice um livro. Foi uma experiência muito marcante!”, destacou Mateus Schemberger.

Em seu trabalho como voluntário, Mateus atuou como redator/jornalista e era um dos responsáveis por montar matérias para o site oficial da Jornada Mundial da Juventude e tinha acesso em alguns locais que nem todos tinham acesso. O sonho do jovem de tocar no papa foi realizado na última em Lisboa e relatou que foi emocionante e indescritível este momento.

O seu próximo encontro com o Papa Francisco, seria no jubileu dos jovens que aconteceria em agosto em Roma, entretanto, com o falecimento do papa, não será possível esse encontro. Contudo, com a chegada de um novo papa, o jovem já tem seu encontro marcado com o novo pontífice.

“Francisco foi uma referência de vida, um exemplo de pessoa, mas temos que continuar com nossa fé firme, e com fé que o novo papa chegará e será uma pessoa preparada para este tempo, assim como o Papa Francisco foi essencial para o tempo em que ele viveu”, salientou Mateus Schemberger e finalizou: “Sempre terei o Papa Francisco como uma referência como pessoa e como religioso”, finalizou.

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