Lateral traz detalhes sobre o “Ba-Vi da Paz”: “Falei com o juiz”

E o polêmico clássico Ba-Vi de 2018, realizado no Barradão e vencido pelo Bahia por W.O, o último com as duas torcidas presentes no estádio, voltou a ser evidenciado. Quem reacendeu a polêmica foi o lateral-esquerdo rubro-negro Bryan.Em participação no Podcast “Para de Clubismo”, o defensor afirmou que o técnico Vagner Mancini, comandante do time naquela época, exigiu que os jogadores forçassem um cartão com o objetivo de acabar o “Clássico da Paz”.Bryan detalha toda a situação ocorrida, desde a ordem de Mancini até o lance que desencadeou o cartão, recebido pelo zagueiro Bruno Bispo, que chutou a bola no momento em que o Bahia tinha uma falta para ser cobrada.

“O vídeo pega o Mancini falando para acontecer isso. Tem uma hora que um jogador nosso vai lá, chuta a bola forçando o cartão para ser expulso. Ele já tinha cartão. Eu também estava nesse lance, e falei com o juiz que tinha que cumprir a regra. Foi aí que ele tomou cartão e acabou o jogo”

detalhou Bryan

“E eu também estou no lance falando com o juiz: “Não, tem que cumprir a regra, tem que expulsar. Tem que dar cartão nele, tem que acabar o jogo. (Aí ele tomou o cartão e acabou o jogo”, concluiu.

Mancini desmente situação e diz que jogo foi “uma grande palhaçada”Em entrevista ao podcast “Futeboteco”, o técnico Vagner Mancini desmente que deu a ordem para que os atletas recebessem um cartão vermelho para acabar a partida. Ele definiu o caso como palhaçada provocada pelo árbitro.”Aquilo foi uma grande palhaçada, essa é a verdade. O Ba-Vi estava 1×0 para o Vitória, sai um pênalti para o Bahia, eles empatam, o Vinícius faz uma dancinha e vira uma pancadaria no jogo. Eu não saí da minha área, fiquei parado, até porque a minha época de briga já tinha passado. Aí eu fiquei quieto e entrei no campo no final para ver quem o árbitro tinha expulsado, quatro jogadores do Bahia e três do Vitória”, afirmou Mancini.Chateado, Mancini acrescentou que não tomaria tal atitude em respeito ao clube e aos colegas que trabalharam em 2018.

“Como é que eu vou falar para o jogador tomar o segundo amarelo para ser expulso? Eu tenho atrás de mim uma coletividade, presidente, diretor, supervisor e funcionários do grupo. Como é que eu posso tomar essa decisão? Pode ter certeza, não houve sacanagem”, disparou.

explicou Vagner Mancini

Relembre o que aconteceu no “Clássico da Paz”O Vitória recebeu o Bahia no Barradão, pela 6ª rodada do Campeonato Baiano. O Rubro-Negro abriu o placar aos 34 minutos, com gol marcado pelo atacante Denílson. Cerca de 16 minutos depois, o meia Vinícius igualou o marcador para o Bahia em cobrança de pênalti. Na comemoração, ele dançou na frente da torcida do Vitória. Os jogadores rubro-negros não gostaram e foram para cima dele.A confusão ocorreu logo atrás do gol defendido por Fernando Miguel. O zagueiro Kanu desferiu um soco em Vinícius e a briga foi generalizada. A arbitragem aplicou 17 cartões, sendo oito amarelos e nove vermelhos.Vinícius, Lucas Fonseca, Edson e Rodrigo Becão receberam cartão vermelho no lado tricolor. Pelo lado rubro-negro, Kanu, Denílson e Rhayner foram expulsos, além de Uillian Correia e Bruno Bispo, que impediu a cobrança de falta e o juiz encerrou a partida aos 34 minutos. O Bahia venceu por W.O.Vale destacar que há quase sete anos ocorreu o último clássico Ba-Vi com as duas torcidas presentes no estádio. Desde a temporada 2018, Bahia e Vitória já se enfrentaram em 19 oportunidades, sendo 11 partidas com o mando de campo do Bahia, e oito do Vitória, e com apenas a torcida do time mandante autorizada a frequentar as praças esportivas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.