FOTOS: conheça a Casa da Dinda, mansão de Collor marcada por escândalos

A Casa da Dinda, mansão localizada no Lago Norte, em Brasília, é um dos imóveis mais emblemáticos ligados a Fernando Collor de Mello — preso na madrugada desta sexta-feira (25) após ser condenado, em 2023, por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo derivado da Lava Jato.

Adquirida em 1964 pelo pai do ex-presidente, a residência esteve no centro de diversos escândalos ao longo dos anos. Ao todo, o terreno tem cinco mil metros quadrados, cachoeiras artificiais e heliporto.

 

Reprodução / Google Maps

 

 

Durante o processo de impeachment de Collor em 1992, foi revelado que a reforma dos jardins da mansão, orçada em US$ 2,5 milhões, foi financiada com recursos de contas fantasmas controladas por PC Farias, o tesoureiro da campanha do ex-presidente.

Em 2022, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, confirmou a condenação de Collor por uso indevido da cota parlamentar para cobrir despesas pessoais, como segurança, portaria e limpeza na Casa da Dinda.

Anos antes, uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que o imóvel tinha as despesas mantidas com a verba do senado. 

Em 2015, três veículos de luxo foram apreendidos pela Polícia Federal: uma Ferrari vermelha, um Porsche preto e uma Lamborghini prata. As apreensões já faziam parte das investigações da Lava Jato.

ENTENDA A PRISÃO

O ex-presidente Collor foi preso durante a madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, onde iria embarcar para Brasília. Ele foi condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo derivado da Lava Jato.

Nesta quinta (24), Moraes rejeitou em decisão individual os últimos recursos possíveis para a defesa de Collor – recursos que, na visão do ministro, tinham caráter protelatório, ou seja, existiam apenas para atrasar o cumprimento da pena.

Collor é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados a irregularidades na BR Distribuidora.

Segundo Moraes, ficou provado na ação penal que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

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