Após audiência de custódia, o ex-presidente Fernando Collor saiu da sede da Polícia Federal no bairro de Jaraguá, para o presídio Baldomero Cavalcanti, na parte alta de Maceió. Collor ficará em uma ala especial do Sistema Prisional.
Na audiência de custódia, a prisão foi mantida, por decisão juiz instrutor do gabinete de Alexandre de Moraes.
A defesa de Collor entrou com pedido de prisão domiciliar, alegando doenças como parkinson, transtorno de bipolaridade e apneia do sono.
Antes de ingressar no Sistema Prisioanal, Collor deve fazer exame de corpo de delito no IML.
A reportagem do TNH1 acompanhou a saída do ex-preside da sede da PF.
Entenda a prisão
O ex-presidente Collor foi preso durante a madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, onde iria embarcar para Brasília. Ele foi condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo derivado da Lava Jato.
Nesta quinta (24), Moraes rejeitou em decisão individual os últimos recursos possíveis para a defesa de Collor – recursos que, na visão do ministro, tinham caráter protelatório, ou seja, existiam apenas para atrasar o cumprimento da pena.
Collor é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados a irregularidades na BR Distribuidora.
Segundo Moraes, ficou provado na ação penal que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.