
Líder do povo Kayapó, diz que não sabia que o papa estava doente, mas que está com saudades e que lembrou do último encontro dos dois no Vaticano, em 2024. ‘Estejamos ainda mais fortes’: cacique Raoni lamenta morte do papa Francisco
O cacique Raoni Metuktire lamentou a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, através de um vídeo divulgado na noite dessa segunda-feira (21).
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No vídeo, o líder do povo Kayapó, diz que não sabia que o papa estava doente, mas que está com saudades e que lembrou do último encontro dos dois no Vaticano, em 2024. O cacique também pediu para que de onde o papa estivesse, ficassem ainda mais fortes (assista acima).
“Eu e o Papa somos amigos. Verdadeiramente eu e o papa falamos para todos sobre a paz e o bem viver. Mas vejo que alguns fazem guerra e isso não é bom”, diz trecho do vídeo.
Em maio do ano passado, o cacique Raoni esteve com o papa no Vaticano. Ele entregou uma carta com pedido de ajuda para conscientizar os parlamentares e governantes do Brasil sobre a importância de proteger as florestas e os povos originários.
No documento entregue ao Papa, Raoni disse que o país está testemunhando uma tentativa de reverter os direitos que foram garantidos aos indígenas pela Constituição Brasileira de 1988. Ele afirma que, no cenário internacional, é evidente a crise que o país sofre perante aos problemas ambientais.
O cacique Raoni Metuktire, líder do povo Kayapó, entregou uma carta ao Papa Francisco
Divulgação Vaticano
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O papado de Francisco
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Vaticano
Francisco nasceu em Buenos Aires, em 1936. Seus pais, ambos italianos, chegaram à Argentina em 1929, junto de uma leva de imigrantes europeus em busca de oportunidades de trabalho na América.
Arcebispo da capital argentina, ele era considerado um homem tímido e de poucas palavras, mas com grande prestígio entre seus seguidores. O religioso era admirado pela sua total disponibilidade e seu estilo de vida sem ostentação.
O argentino também era reconhecido por seus dotes intelectuais, por ser considerado dialogante e moderado, além de ter paixões pelo tango e pelo time de futebol San Lorenzo.
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A modernidade também levou Francisco a lidar com outros assuntos delicados para a Igreja, como os direitos LGBTQIA+ e o sexismo.
Mas o combate à pobreza sempre foi sua prioridade. Ao ser apontado como o novo papa, ele escolheu o nome de seu novo título em homenagem a São Francisco de Assis, protetor dos pobres. O lema de seu papado foi “Miserando atque eligendo” — “Olhou-o com misericórdia e o escolheu”, em português.
As reformas da Igreja Católica também foram outra marca do papado de Francisco. Ele iniciou um processo de reforma das estruturas da Cúria, que é o governo do Vaticano, com atenção especial para a parte econômica e financeira.
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