Fabi Alvim exalta vôlei feminino e relembra desafio com Ana Marcela

O II Fórum Mulher no Esporte, realizado nesta terça-feira, 15, no Rio de Janeiro, reuniu grandes nomes do esporte nacional para debater a representatividade fora das quadras. Dentre os destaques do evento, a bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Alvim compartilhou momentos marcantes da sua carriera e relembrou um episódio ao lado da nadadora baiana Ana Marcela Cunha, seis vezes eleita a melhor do mundo nas águas abertas.Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Fabi contou que o primeiro contato com a natação aconteceu apenas aos 38 anos de idade, e foi justamente acompanhada da campeã mundial. Sem nunca ter feito uma aula do esporte, a ex-líbero se lançou ao desafio de nadar 1 km no evento “Rei e Rainha do Mar”.

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“Eu nunca fiz uma aula de natação e eu caí na piscina pela primeira vez aos 38 anos e eu tenho 45. Resolvi aceitar um desafio de fazer um Rei e Rainha do Mar no Rio de Janeiro e tinha uma atleta que já tinha colecionado títulos mundiais e resolveu ir comigo. Então eu nadei 1km com a Ana Marcela Cunha, essa baiana retada, e me ajudou a completar a prova e esse desafio pessoal de quem nunca tinha nadado, e nadar 1 km, só de lembrar me emociona. Quando terminou eu convidei ela para tomar um café, mas ela disse que ia nadar os 10 mil.”

|  Foto: Rafael Honório | GE

A ex-atleta também ressaltou a importância de relembrar as origens do esporte feminino brasileiro e as pioneiras que abriram caminho, como Isabel e Jaqueline, nas Olimpíadas de Moscou, em 1980. Segundo ela, esse passado inspira a nova geração do esporte.“A gente sempre que fala de medalha olímpica e em participações de Jogos Olímpicos a gente sempre tem que lembrar da primeira, em 1980, quando o esporte feminino vivia um outro cenário, com pouquíssimo investimento, lá em Moscou, onde a gente sempre teve Isabel, Jaqueline. Nós tínhamos uma dificuldade imensa de ganhar aqui no nosso continente e fomos para aqueles Jogos Olímpicos, dali pra frente só vimos o voleibol feminino crescer.”A campeã ainda refletiu sobre a capacidade do vôlei de inspirar jovens atletas, com renovação constante de ídolos. Para ela, nomes como Gabi, atual capitã da seleção feminina, são o espelho dessa nova geração.“O mais legal é que o vôlei de modo geral é um esporte que acabou se tornando muito linear, desperta o interesse das crianças, o atleta pequeno vê os jogadores subindo ao pódio e quer ser um deles ou delas, essa linearidade que o vôlei tem nos Jogos Olímpicos acaba ajudando nessa rota, de ter sempre atletas inovando no Brasil”, comentou.“A expectativa é que o Brasil suba sempre ao pódio. Ver novos ídolos surgindo, como a Gabi, que chegou tão novinha e está aí desde 2013, é muito simbólico. Evito falar de medalha porque sei o quanto é difícil conquistar uma de ouro, mas quero ver as jogadoras defendendo com orgulho a Seleção Brasileira”, concluiu.

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