Estado vive avanço da doença no outono, com 4.918 casos confirmados; só em Viamão, número de infectados mais que dobrou em duas semanas
O Rio Grande do Sul já soma mais de 4.9 mil casos confirmados de dengue apenas nos três primeiros meses de 2025. Número pode superar os 5 mil ainda nesta segunda-feira. Os dados constam no Painel Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS), que também contabiliza 12.385 casos em investigação no estado. Com o avanço da doença, municípios como Viamão, na Região Metropolitana, enfrentam um surto preocupante e já acionaram estruturas emergenciais para reforçar o atendimento à população.

Viamão mais que dobra número de casos e monta hospital de campanha
Em Viamão, o número de infectados disparou: saltou de 595 casos em 21 de março para 1.409 em 4 de abril. Diante da situação, a prefeitura decretou estado de emergência e, com apoio do Exército, ativou no sábado (5) um hospital de campanha ao lado da UPA da cidade. A estrutura, que recebeu os primeiros pacientes por volta das 12h30min, tem capacidade para atender até 30 pessoas simultaneamente e deve funcionar 24 horas por dia por um período de 30 a 60 dias.
A unidade foi batizada de Centro de Hidratação e é destinada especialmente ao atendimento de casos suspeitos de dengue. Os pacientes são classificados conforme a gravidade dos sintomas, passam por exames e, se necessário, recebem hidratação imediata — principal medida terapêutica contra a doença.
São Leopoldo e Porto Alegre também registram casos preocupantes
Em São Leopoldo, o número de casos confirmados permanece em 14, mas os suspeitos aumentaram de 90 para 113. Já a capital, Porto Alegre, confirmou a primeira morte por dengue neste ano: uma mulher de 59 anos.
Dados nacionais revelam gravidade da situação
No cenário nacional, o Brasil registrou, entre janeiro e março de 2025, 502.317 casos prováveis de dengue, com 235 mortes confirmadas e outras 491 em investigação. A taxa de incidência atual é de 236,3 casos para cada 100 mil habitantes.
Especialistas alertam que o outono — com alternância de chuvas e calor — é um período propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A recomendação é que a população intensifique os cuidados para eliminar focos do inseto e procure atendimento médico aos primeiros sinais da doença.
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