Ataque aéreo israelense em Gaza mata líder político do Hamas

Explosões e bombardeios atingiram o norte, centro e sul da Faixa de Gaza neste domingo, 23, em momento de escalada dos combates retomados na última segunda-feira, 17 entre Israel e Hamas.Ao menos 30 palestinos morreram em ataques israelenses em Rafah e Khan Yunis, no sul do território de acordo com autoridades de saúde ligadas ao Hamas.O grupo terrorista afirmou também que um de suas lideranças políticas, Salah al-Bardaweel, morreu em ataques.

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Bardaweel era membro do órgão de tomada de decisões do Hamas e ocupou cargos como chefe da delegação da facção para negociações indiretas de trégua com Israel em 2009 e liderou o escritório de mídia do grupo em 2005.Menos de uma semana após Israel romper o acordo de cessar-fogo e retomar os bombardeios na Faixa de Gaza, o Hamas afirma que o número de palestinos mortos no território ultrapassou 50 mil.O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que são ao menos 50.021 mortos —o grupo terrorista não diferencia civis de integrantes da facção. O total de feridos seria de 113.274 desde o início da guerra, ainda segundo o Hamas. Cerca de 1.200 pessoas foram mortas no ataque terrorista em Israel em outubro de 2023, e mais de 250, sequestradas.Além de bombardeios, neste domingo Israel ampliou operações terrestres em Gaza. Em comunicado publicado na rede social X, o porta-voz militar israelense Avichay Adraee disse que o Exército israelense realiza uma ofensiva no bairro Tal al-Sultan, em Rafah, cidade no sul do território palestino que faz fronteira com o Egito.O porta-voz militar também pediu aos palestinos que estavam na região que deixassem a “perigosa zona de combate” e se deslocassem para o norte do território.A mesma mensagem está escrita em cartazes lançados por drones nesta área de Rafah, conforme observado por correspondentes da AFP em Gaza.Depois de várias semanas de desacordo com o Hamas sobre como continuar a trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro, Israel quebrou o cessar-fogo ao retomar seus bombardeios na Faixa de Gaza antes de enviar novamente soldados para as áreas de onde havia se retirado durante a trégua.O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, ameaçou nesta semana anexar parte de Gaza caso o grupo terrorista não liberte os reféns ainda sob seu poder. Ele disse que Tel Aviv está intensificando os ataques por ar, terra e mar na região.O governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu cortou também o fluxo de ajuda humanitária para o território conflagrado em 2 de março.Israel parou ainda de fornecer eletricidade para a principal usina de dessalinização de água no local, piorando a situação de acesso a recursos básicos para os mais de 2 milhões de habitantes de Gaza.O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou neste domingo que o Hamas é o responsável pela retomada dos combates em Gaza após o grupo rejeitar proposta para continuidade do acordo.Os rebeldes houthis no Iêmen, apoiados e financiados pelo Irã, reivindicaram a autoria de um disparo de míssil balístico em direção ao aeroporto Ben Gurion, em Israel, na manhã deste domingo.Israel afirmou que interceptou o míssil antes que ele cruzasse as fronteiras do país. O porta-voz militar do grupo iemenita, Yahya Saree, também declarou que atacaram um porta-aviões americano na região.

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