Criação de loteria municipal tem avanço, mas divide opiniões na Câmara de Rio Claro

Criação de loteria municipal por Prefeitura avança para segunda votação. Vereadores se dividem em opiniões no plenário durante a primeira discussão

A Câmara de Vereadores aprovou em primeira discussão, na noite dessa segunda-feira (17), o projeto de lei de autoria do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) que pretende criar uma loteria municipal para arrecadar recursos que serão destinados à Fundação Municipal de Saúde, em especial, para a manutenção do novo Hospital Público Municipal recém-inaugurado no Cervezão. O projeto avança para a segunda votação, mas dividiu opiniões no plenário entre os próprios parlamentares.

Serginho Carnevale (PSD), que deu a ideia original para a criação da loteria em 2022, defendeu a sua implementação em Rio Claro. “Esse projeto de lei é autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Tem cidades que têm suas loterias municipais. É para ajudar o custeio do Hospital, não significa que será 100% custeado pela loteria. Sabemos o enorme gasto para se manter a saúde pública de Rio Claro. Terá regulamentação do Banco Central do Brasil”, afirmou citando que o Governo de São Paulo também está com processo em andamento para criação da loteria estadual.

Mas, há opiniões divididas entre os vereadores. Val Demarchi (PL) disse que é preciso deixar mais claro para onde o dinheiro oriundo da loteria vai entrar nos cofres da Prefeitura. “Vai ter uma conta específica para administrar essa verba? Não está claro na lei em meu atendimento. Me preocupa a destinação deste dinheiro”, declarou dizendo que votaria a favor na primeira discussão, mas que espera por mais respostas para a segunda votação.

Rafael Andreeta (Republicanos) comentou que votaria ao contrário no primeiro momento. “Eu ando sem energia em acreditar em certas situações. A gente não vê as coisas acontecendo. A gente dá condições, mas voto ao contrário para entender melhor. Não dá para comparar com Tarcísio com o que está acontecendo em Rio Claro”, alegou.

O colega da oposição, Rodrigo Guedes (União Brasil), afirmou que votaria contra a criação da loteria. “Talvez seja um projeto bom. Mas, estou descrente deste governo. Para mim essa loteria é uma terceirização. Esse é o jogo do ‘Guguzinho’ (ironizando jogo do tigrinho)”, declarou. Diego Gonzales (PSD) deu voto de confiança na primeira discussão, mas “precisa ser colocada uma emenda para ver para onde vai esse dinheiro para acompanharmos e fiscalizarmos”.

Dalberto Christofoletti (PSD) foi favorável e disse que “é uma tentativa, é mais um recurso que fica a nível local. Com criatividade e organização, esse recurso ficando em Rio Claro, pode ser bastante útil”. Moisés Marques (PL), também da oposição, falou que o projeto de lei não tem clareza e transparência sobre de que forma será utilizado o dinheiro arrecadado.

Ao final da votação, votaram contra em primeira discussão os vereadores Moisés, Rafael, Rodrigo e Tiemi Nevoeiro (Republicanos). Os demais presentes foram a favor. O vereador Elias Custódio (PSD), líder da bancada do partido do prefeito, saiu do plenário e não votou. A proposta voltará, ainda, para segunda discussão.

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