Adeus ao gaúcho mais amado, Zeca

Enquanto viajo por Santana do Ipanema, Senador Rui Palmeira e Palmeira dos Índios, recebo a triste notícia da partida precoce de Zeca, dono do Boteco do Zeca e o gaúcho mais querido de Maceió. Apenas 51 anos, dono de uma simpatia contagiante e mestre no preparo dos melhores churrascos.

Ah, amigo, só temos a agradecer por toda a alegria que você proporcionou.

Recentemente, em entrevista com o chef André Generoso, do Divina Gula, perguntei quais eram seus três lugares favoritos para comer, e ele logo citou o Boteco do Zeca. “Zeca é filho da casa”, disse o chef. Afinal, Zeca foi garçom e gerente do Divina Gula — e foi lá que conheci esse gaúcho de coração gigante. Inclusive, a causa da morte foi justamente o coração, que não resistiu.

Desde os 18 anos, ele escolheu Maceió para viver. Começou como garçom, tornou-se gerente e, um belo dia, decidiu abrir seu próprio boteco: primeiro o Sr. Brasa, no bairro da Jatiúca, depois o Boteco do Zeca. Ali, no seu cantinho “trilegal, tchê!”, saíam picanha, carneiro, maminha, asinha, frango desossado… sempre no ponto certo, sempre com aquele toque especial.

No meu Festival Prazeres da Mesa, Zeca foi eleito o melhor churrasqueiro de Maceió. E não poderia ser diferente.

Queria ter dado o último abraço, afinal, ninguém está preparado para dizer adeus. Mas uma coisa é certa: você fez a diferença nas nossas vidas.

Descansa em paz, Zeca. Seu legado e sua alegria ficarão para sempre.

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