Em resposta a bolsonaristas, esquerda do RN reafirma ser contra anistia para golpistas

Enquanto os representantes da extrema-direita potiguar participaram do ato no Rio de Janeiro (RJ), no último domingo (16), pedindo anistia para os criminosos que tentaram dar um Golpe de Estado no dia 8/1/2023, parlamentares petistas reagiram nas redes sociais contra a pauta defendida pelo ex-presidente Jar Bolsonaro (PL). A deputada federal Natália Bonavides (PT) e o deputado federal Fernando Mineiro (PT) reafirmaram a palavra de ordem usada pela esquerda para se contrapor aos bolsonaristas: “sem anistia para os golpistas”.

Natália alertou que “não podemos deixar que seja esquecido o que aquele grupo de terroristas guiado pelo ódio fez no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto”.

Para a deputada, “a invasão e tentativa de golpe frustrada é uma triste mancha na história do nosso país”.

“Os atentados à bomba em Brasília no final do ano passado são uma prova de que a impunidade aos golpistas dá brecha a mais ataques contra a democracia”, disse, lembrando o caso do bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, que tentou invadir com explosivos o Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 13 de novembro de 2024, mas morreu na praça dos Três Poderes.

“Não tem outra: defender a democracia é respeitar a soberania do povo brasileiro”, defendeu Natália Bonavides.

“Bolsonaristas cometem crime contra a democracia e depois pedem que a gente esqueça”, ironiza Mineiro

Já o deputado federal Fernando Mineiro afirmou que “os golpistas, não conformados com a tentativa de destruir o Brasil, fazem um ato vergonhoso pedindo anistia para Bolsonaro e sua corja criminosa”.

Mineiro defendeu que se faça justiça e que “todos os envolvidos em atentados contra o povo brasileiro arquem com as consequências”.

“Esses bolsonaristas são muito folgados. Cometem crimes contra o Brasil e não querem arcar com as consequências. Querem perdão pra continuarem praticando seus crimes. Sem anistia para golpistas”, comentou o deputado.

Em resposta ao pedido de “Fora Lula”, defendido pelos bolsonaristas, Mineiro respondeu pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquitetar a tentativa de Golpe de Estado após as eleições de 2022.

Bolsonaro, segundo a investigação da Polícia Federal e a denúncia da PGR ao Supremo Tribunal Federal, também tinha conhecimento e concordou com o “Plano Punhal Verde Amarelo”, que consistia no planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Assim é bom, né? Cometem crime contra a democracia e depois pedem que a gente esqueça”, completou Mineiro.

Ato “flopou”

O ato bolsonarista em defesa da anistia para os golpistas, segundo levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), reuniu pouco mais de 18 mil pessoas em Copacabana.

Bolsonaro esperava um público muito maior no ato, acima de um milhão de pessoas, para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei de anistia para os golpistas que invadiram, depredaram e vandalizaram as sedes do Três Poderes.

A manifestação defendendo a pauta golpista aconteceu há apenas uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode transformar Bolsonaro em réu por tentativa de Golpe de Estado.

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