Polícia apreende armas, dinheiro e veículos de luxo em operação contra rede de jogos de azar digitais


Segunda fase da Operação Faketech cumpriu cinco mandados de busca domiciliar em três estados brasileiros. Segunda fase da Operação Faketech cumpriu mandados de busca domiciliar
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil dapreendeu diversos objetos e veículos de luxo na Baixada Santista durante a segunda fase da Operação Faketech, que visa desmantelar uma rede criminosa envolvida em jogos de azar digitais e lavagem de dinheiro. Na primeira fase, um influenciador digital com mais de 20 milhões de seguidores nas redes sociais foi investigado.
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A rede criminosa virou alvo da Polícia Civil após denúncias de vítimas de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, que tiveram perdas financeiras com jogos de azar on-line.
Na segunda fase da operação, deflagrada na última sexta-feira (14), outros cinco mandados de busca domiciliar foram cumpridos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Os locais na Baixada Santista não foram divulgados.
Entre eles, estão computadores, celulares, documentos e veículos, joias e relógios de luxo, além de duas armas de fogo de uso restrito, uma pequena quantidade de droga sintética e aproximadamente R$ 500 mil em espécie.
Segundo a Polícia Civil, a operação representa um marco na luta contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro. As investigações continuam para identificar e prender todos os envolvidos.
Operação
Em dezembro do ano passado, a 1ª Delegacia de Polícia de Investigações Gerais (DIG) da Deic do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) 6 realizou a primeira fase da operação, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão.
A investigação, que tramita na 1ª Vara de Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro da capital paulista, revelou um esquema sofisticado operado por uma organização criminosa que utilizava casas de apostas ilegais, empresas de meio de pagamento e bancos digitais para movimentar quantias de dinheiro de forma ilícita.
Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na Baixada Santista
Na época da primeira fase da operação, o delegado da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, Fabiano Barbeiro, explicou que os sites promovem supostas apostas esportivas, mas escondem links de acesso aos jogos de azar (veja abaixo).
Influenciador investigado
Entre os endereços alvos da primeira fase da Operação Faketech, estavam imóveis vinculados aos influenciadores Ruyter Poubel e Jonatan Martins Pacheco.
De acordo com o inquérito policial, Ruyter vendia cursos de como jogar em uma plataforma digital e lucrava com as perdas dos seguidores, recebendo um tipo de comissão paga pela casa de apostas.
Influenciador Ruyter Poubel, de 27 anos, ostenta uma vida luxuosa nas redes sociais
Redes sociais
A partir desta experiência, ainda de acordo com a apuração da Polícia Civil, Ruyter se aliou a Jonatan e, juntos, criaram as próprias casas de apostas, além de empresas com um esquema de transações financeiras. Os negócios estão em nome de outros seis homens, também investigados na operação.
Segundo as investigações, o dinheiro ostentado por Ruyter nas redes sociais é proveniente das perdas das vítimas que, de acordo com a polícia, acreditam que a sorte pode ser levada em consideração nos jogos de azar on-line.
Em uma publicação na internet, ele negou as suspeitas e alegou que há possibilidade de as denúncias terem sido feitas por concorrentes.
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