Hospital Universitário promove ações sobre saúde renal em alusão ao Dia Mundial do Rim

Cerca de 50 mil pessoas com doença renal morrem por ano no Brasil antes de ter acesso à diálise ou ao transplante, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Com o objetivo de alertar sobre a saúde dos rins, o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol/UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vai promover uma série de atividades em alusão ao Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março.

A programação acontece entre os dias 12 e 14 de março. No dia 12, será montado um stand no Huol para a dosagem da creatinina no sangue. No dia 13, a ação será realizada no shopping Midway Mall. “Não são todas as pessoas que vão ser selecionadas para essa dosagem, há critérios de inclusão para entrar nessa seleção”, explica a médica nefrologista do Huol, Raissa de Medeiros Marques.

No dia 14 de março, será realizado um ciclo de palestras no Auditório Mariano Coelho, no Huol, das 8h às 12h, com capacitação voltada à atenção básica. As atividades são destinadas a médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, docentes e estudantes. A ação conta com apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia do Rio Grande do Norte (SBN-RN), presidida pela médica Lelyanne Rodrigues Pereira Torquato.

“Nosso movimento, em comemoração ao Dia Mundial do Rim, é alertar a população sobre o problema da doença renal crônica, uma doença bastante prevalente e que leva muitos pacientes à doença renal terminal com a necessidade de hemodiálise. Por isso, é tão importante esse movimento”, afirmou Raissa de Medeiros.

Segundo o médico nefrologista do Huol, Felipe Guedes, “as doenças renais são identificadas, principalmente, pela dosagem de um exame bioquímico simples feito numa rotina de coleta de sangue, a creatinina. Esse exame é amplamente disponível na rede e na atenção. Caso alterado, é recomendado que o paciente seja referenciado ao nefrologista. Durante as ações do Dia Mundial do Rim, será feita uma triagem de pacientes, e os que têm fatores de risco vão poder fazer uma pré-dosagem da creatinina no hospital”.

A programação tem como finalidade capacitar profissionais da Atenção Primária em Doença Renal Crônica, fomentar o cuidado integral e orientar o encaminhamento entre os níveis de atenção à saúde. Também será feita divulgação sobre medidas de prevenção, formas de acesso ao diagnóstico e opções de tratamento.

A doença renal pode ser prevenida e, quando diagnosticada precocemente, controlada. Os exames indicados são dosagem de creatinina no sangue e exame de urina. Os sintomas variam conforme a causa da doença e podem incluir dor lombar, fadiga, fraqueza, perda de apetite, náusea, vômitos, edemas e alterações na frequência e cor da urina.

Existem dois tipos de pacientes renais: o agudo, com declínio súbito da função renal, e o crônico, com perda progressiva e irreversível da função dos rins.

Os principais grupos de risco são pessoas idosas e indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, diabetes e doenças cardíacas. Fatores como tabagismo, obesidade, estilo de vida e uso frequente de medicamentos anti-inflamatórios também podem comprometer a função renal.

Medidas preventivas incluem alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, controle do peso, da pressão arterial e da glicemia, além de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, e manter consultas médicas regulares.

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