Tarifas de 25% dos EUA entram em vigor; entenda os impactos para o Brasil

Na madrugada desta quarta-feira 12, os Estados Unidos implementaram tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, sem exceções ou isenções. Embora a medida possa gerar repercussões no mercado global, analistas ouvidos pela CNN acreditam que o impacto direto sobre a economia brasileira será relativamente pequeno.

O Brasil ocupa a segunda posição entre os maiores fornecedores de aço e ferro dos EUA, representando cerca de 15% das importações norte-americanas dessas commodities. O Canadá lidera essa lista, com mais de 24% das compras dos Estados Unidos.

De acordo com um relatório do Bank of America, o Brasil apresenta “a menor exposição direta e indireta às tarifas dos EUA”, o que é atribuído ao fato de sua economia ser mais fechada. A Moody’s também compartilha essa visão, ressaltando que as tarifas sobre o aço e alumínio não devem ter um impacto significativo sobre o Brasil.

A agência de classificação de risco enfatizou que os produtos de aço representam menos de 1% do total das exportações do México e pouco menos de 5% do total exportado pelo Brasil. Além disso, o Brasil não é um grande fornecedor de alumínio para o mercado dos EUA, o que minimiza os efeitos das tarifas.

Embora o impacto para os produtores de aço possa ser significativo, especialmente para o México, que destina quase 90% de suas exportações de aço aos Estados Unidos, a previsão é que o Brasil enfrente poucas consequências econômicas diretas. A Moody’s observou ainda que o maior risco para a economia brasileira seria o impacto indireto causado pela desaceleração das economias global e chinesa.

O Brasil, que exporta uma ampla gama de commodities — de metais industriais a produtos agrícolas e petróleo —, poderia, segundo a agência, redirecionar suas exportações de aço para outros mercados, já que a maior parte da produção brasileira desse metal é consumida internamente. O efeito negativo das tarifas, portanto, é considerado limitado, embora o cenário global possa gerar desafios adicionais.

Com informações da CNN*

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