Suspeitos de arrastões na BR-376 usavam borracharias para cometer o crime

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu três suspeitos de envolvimento em arrastões ocorridos nos dias 8 e 16 de fevereiro na rodovia BR-376, que liga Guaratuba a Santa Catarina. Os criminosos aproveitavam congestionamentos causados por acidentes e tombamentos para roubar motoristas e caminhoneiros, usando armas de fogo e agindo com violência.

De acordo com o delegado da PCPR Gabriel Caldeira, a investigação começou logo após os crimes, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “A partir das diligências iniciais feitas pela equipe de plantão, nossa equipe de investigação procurou suspeitos mais comuns junto à PRF, que monitora aquela região. Fizemos diligências em campo, buscamos informantes e pesquisas nos sistemas informativos. Assim, conseguimos identificar algumas pessoas que eram prováveis autoras desses roubos”, explicou.

As vítimas foram localizadas em diferentes cidades, como Ponta Grossa, Joinville e São José dos Campos, e reconheceram os suspeitos. “Nenhuma das vítimas era de Guaratuba, elas foram aparecendo conforme os boletins eram registrados. Fomos entrando em contato e, com isso, tivemos o reconhecimento de alguns desses indivíduos”, disse o delegado.

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Prisão dos suspeitos e objetos apreendidos

Segundo Caldeira, os três presos já tinham antecedentes criminais. “Dois deles têm passagens por roubo e receptação, e um tem passagem por furto e receptação”, afirmou. As prisões ocorreram em Guaratuba e Guarulhos.

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As prisões ocorreram em Guaratuba e Guarulhos. Foto: Divulgação PCPR

Durante o cumprimento dos mandados, um dos suspeitos foi preso em flagrante por receptação. “Encontramos alguns objetos que pertenciam às vítimas, e que estavam dentro dos locais que investigávamos. Além disso, havia um veículo adulterado no mesmo local, que era utilizado por um dos suspeitos. Esse suspeito conseguiu escapar, mas já identificamos quem é”, revelou.

O suspeito foragido foi autuado à revelia pelos crimes de receptação e adulteração de veículo automotor.

Criminosos usavam borracharias como fachada

Os criminosos atuavam de forma oportunista e usavam estabelecimentos na beira da rodovia para monitorar as vítimas. “O que verificamos é que eles tinham residências próximas à rodovia e duas borracharias em pontos estratégicos. Eles usavam a fachada de serem mecânicos e prestadores de serviço de resgate para observar a movimentação e se comunicar com os outros envolvidos”, explicou Caldeira.

Além dos roubos em congestionamentos, a Polícia Civil investiga a participação do grupo em furtos de cargas tombadas na região. “O nosso foco inicial foram os arrastões que ocorreram nos congestionamentos, mas há indícios de que eles também furtavam cargas de caminhões tombados na rodovia”, disse o delegado.

Os criminosos agiam de forma violenta, causando terror entre as vítimas. “Eles utilizavam armas de fogo e eram muito agressivos. Tivemos caso de vítima que levou coronhada na cabeça, caminhoneiro que foi forçado a sair do veículo, e até tiros disparados contra os caminhões”, afirmou Caldeira.

As investigações continuam para identificar mais envolvidos e possíveis novas vítimas. “Com certeza, atuavam também no trecho de Santa Catarina, e estamos verificando quantas vítimas ainda podem surgir”, concluiu o delegado.

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