Morre Luiza Batista, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas

No último sábado (1º), morreu aos 68 anos, uma das principais lideranças das trabalhadoras domésticas do Brasil, a pernambucana Luiza Batista, que era presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e o Conselho Nacional da categoria (CNTD), entidades sindical que representam as domésticas e as diaristas brasileiras. “Luiza foi uma importante e incansável lutadora pelos direitos das trabalhadoras domésticas, referência no Brasil e na América Latina. Minha solidariedade aos amigos e familiares”, afirmou o presidente Lula.

A líder sindical era natural de São Lourenço da Mata, em Pernambuco. Filha de agricultores, ela começou a trabalhar em casas de famílias com apenas 9 anos. O sepultamento de Luiza Batista aconteceu neste domingo (2), no Cerimonial Baptista (rua Pedro Afonso, nº 438, Santo Amaro), no Recife. O sepultamento acontece às 14h, no Cemitério de Santo Amaro.

O Ministério das Mulheres divulgou uma nota de pesar afirmando que Luiza “fez história ao construir outras lideranças políticas entre as domésticas e a lutar contra as desigualdades na categoria, incluindo o trabalho análogo à escravidão”, diz o documento assinado pela ministra Cida Gonçalves.

A @Fenatrad.BR e a CNTD divulgaram um texto conjunto lamentando a partida de sua líder. “É um momento de luto para os movimentos sociais, sindical e para as brasileiras e brasileiros que lutam por justiça social”. A nota destaca que Luiza foi uma das maiores líderes sindicais das domésticas na história da América Latina.

Outra homenagem veio da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que também foi empregada doméstica. “Luiza nos ensinou, com seu afeto, alegria, sabedoria e coragem. Sua presença será sempre lembrada e honrada em cada batalha por dignidade e igualdade”.

A palavra “afeto” aparece com frequência nos relatos de quem conviveu com Batista. Sua atitude positiva, carinhosa e atenciosa foram uma marca de sua liderança.

A @CUTpernambuco também emitiu nota destacando os exemplos de “simplicidade, humildade, compromisso, determinação, ousadia, poesia e alegria”. Batista compôs o frevo do bloco carnavalesco e feminista da CUT, o Mulheres CUTucando.

Luiza lutava havia anos contra um câncer. A primeira vez que detectou a doença foi em 1992. O câncer voltaria em 1996, sendo necessárias cirurgias ao longo de 10 anos para remover miomas. Nos últimos anos a doença voltara.

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