Morre o escritor capixaba Luiz Guilherme Santos Neves

Luiz Guilherme escreveu vários livros de romance, contos, entre outros

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Divulgação

Nascido em Vitória e autor de mais de 50 livros de literatura, infantis, didáticos, entre outros, Luiz Guilherme Santos Neves morreu na terça-feira (30), aos 90 anos. O escritor e historiador era considerado um dos maiores nomes da literatura capixaba. A morte de Luiz Guilherme foi confirmada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.O governador do Estado, Renato Casagrande, lamentou a morte pelas redes sociais. “O Espírito Santo perdeu hoje (ontem) um dos grandes nomes de sua literatura, Luiz Guilherme Santos Neves. Minha solidariedade aos familiares, amigos e admiradores deste escritor e historiador que tanto contribuiu com a cultura do nosso estado”, afirmou.O velório foi realizado ainda na terça, no cemitério Jardim da Paz, na Serra, e o sepultamento ocorreu às 16h30. TRISTEZAO escritor e amigo Paulo Stuck Moraes falou sobre Luiz Guilherme. “É uma grande perda para o Espírito Santo, com toda certeza. Além de amigo, Luiz Guilherme foi meu professor, na Ufes, quando voltei aos bancos universitários, no fim dos anos 80. Era um excelente professor e escritor, além de pesquisador das coisas do Espírito Santo”, contou. Em seu penúltimo livro, “Espírito Santo – Dicionário-enciclopédico”, Paulo Stuck fez um verbete sobre Luiz Guilherme. “Aliás, essa obra começou por causa de um livro dele, em conjunto com Renato Pacheco, sobre as praias capixabas”, conta Paulo.A parceria de Luiz com Renato Pacheco rendeu nove livros sobre o folclore capixaba, entre eles Índice do Folclore Capixaba (Vitória, 1994) e Torta Capixaba (fotos de Alex Krusemark, 2003). Em 1977, o escritor publicou seu primeiro texto literário, “Queimados”, em que dramatiza a Insurreição do Queimado, ocorrida na Serra em 1849. Luiz Guilherme Santos Neves tem extensa produção literária, na qual se destacam os livros: “A nau decapitada”, romance, 1982; “As chamas na missa”, romance, 1986; “Torre do delírio”, contos, 1992; “História de Barbagato”, infantil, 1996; “O templo e a forca”, romance, 1999; e “Capitão do fim”, romance, 2001.Também fez parcerias com seu irmão, o escritor Reinaldo Santos Neves, e Léa Brígida de Alvarenga Rosa.

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