Papão encara desafio de atrair sócios e não-sócios em jogos

O Paysandu vive um dilema quando o assunto é a relação com a torcida. De um lado, a diretoria busca valorizar o investimento feito pelo sócio-torcedor, oferecendo ingressos a preços que justifiquem os benefícios de quem adere ao programa.Por outro lado, enfrenta críticas de boa parte da Fiel Bicolor, que considera os valores cobrados nos bilhetes – atualmente R$ 50 por jogo – altos demais, especialmente para quem não tem condições financeiras de aderir algum dos planos de sócio.Conteúdo Relacionado:Paysandu vive jejum de vitórias e pressão começa a aumentar”Mais organizados”: Bryan vê evolução com Luizinho LopesQuintana fala sobre a necessidade de evolução do PaysanduA situação se agrava devido à forma de pagamento exigida para a adesão ao programa: o valor total é cobrado diretamente no cartão de crédito, comprometendo grande parte do limite disponível e afastando torcedores que gostariam de contribuir, mas não conseguem atender a essas condições.

Enquanto a estratégia de valorizar o sócio é compreensível, a falta de alternativas viáveis para quem deseja aderir ao programa expõe uma falha importante, que limita o alcance e o engajamento da Fiel Bicolor, que segue criticando a atual diretoria.A falta de sensibilidade da cúpula bicolor em relação à diversidade socioeconômica da torcida tem sido um ponto de atrito. Embora a busca por valorizar o sócio-torcedor seja legítima e essencial para garantir uma receita fixa, como o programa é estruturado, afasta muitos torcedores.

Para reverter esse cenário, é necessário que a diretoria busque mecanismos mais inclusivos e acessíveis. Parcelamentos no boleto ou cobrança recorrente no cartão de crédito, hoje muito utilizado por academias. Ou seja, não gasta o limite do cartão e cobra mensalmente o plano anual.É preciso equilibrar a estratégia financeira com a realidade da torcida, garantindo que o programa de sócio-torcedor seja sustentável, mas também acessível, para que mais bicolores possam participar e contribuir, fortalecendo ainda mais o vínculo com o Paysandu.Um exemplo prático que todos estão acompanhando são os baixos públicos que o clube vem tendo em jogos no Campeonato Paraense e na Copa Verde, com média de 5 mil torcedores por jogo, sendo pouco mais de dois mil sócios adimplentes.Atualmente, o site de sócios do clube, até o momento da publicação desta análise, conta com 4.877 sócios torcedores. Se o Paysandu melhorar as condições para a Fiel, facilmente chega às metas estipuladas para o primeiro semestre de 2025: 10 mil sócios adimplentes.
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