Caso do bolo envenenado: camiseta com frases escritas à mão é encontrada na cela de suspeita

A Polícia Penal encontrou uma camiseta com frases escritas à mão na cela de Deise Moura dos Anjos, detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. Deise foi encontrada morta na unidade prisional na última quinta-feira (13). Segundo a Polícia Civil, papéis com anotações e cartas também foram localizados e podem ser utilizados como provas na investigação.

Investigação da morte na prisão

Deise estava presa desde 5 de janeiro, suspeita de envenenar a farinha usada em um bolo consumido por familiares do marido em Torres, no Litoral Norte do RS. A polícia também investiga se ela teve participação na morte do sogro, que faleceu em setembro de 2024 após consumir alimentos supostamente levados por ela.

A detenta estava isolada em sua cela e usava uniforme prisional. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) estão apurando as circunstâncias da morte. A corregedoria-geral do sistema penitenciário também instaurou uma investigação interna para avaliar possíveis falhas.

Presídio teria sido alertado sobre riscos

Os advogados de Deise afirmam que alertaram a direção da penitenciária sobre riscos à integridade da cliente e requisitaram atendimento médico e psicológico, especialmente após sua transferência para Guaíba. A Polícia Penal, no entanto, não confirma esses pedidos.

Segundo a instituição, Deise passou por três atendimentos psicológicos e dois atendimentos de saúde na penitenciária. A cela onde estava isolada contava com cama, pia, chuveiro, vaso sanitário e pertences pessoais que não apresentavam risco.

Conversão da prisão e isolamento

A defesa informou que o Ministério Público havia aceitado o pedido da Polícia Civil para converter a prisão temporária de Deise em preventiva. Caso a Justiça confirmasse a decisão, ela deixaria o isolamento e seria transferida para uma galeria com outras detentas. Segundo os advogados, a detenta havia manifestado preocupação com sua segurança caso isso ocorresse.

Nota da Polícia Penal

A Polícia Penal ressaltou que a rotina de inspeção na unidade é permanente, com conferências ao longo do dia e revistas diárias nas celas. Também informou que, desde 2019, foram investidos R$ 1,41 bilhão na reestruturação do sistema prisional do estado, incluindo a construção de novas unidades e a aquisição de equipamentos. Além disso, mais de 3.900 servidores foram nomeados para reforçar a Polícia Penal no período.

Fonte: G1

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