Hugo Motta diz que 8 de janeiro não foi tentativa de golpe e contesta decisões do STF

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira que os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não configuraram uma tentativa de golpe. As declarações foram feitas durante uma entrevista à rádio Arapuan, em João Pessoa (PB).

Para o deputado, um golpe precisaria de um “líder, uma pessoa incentivando” e do “apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, o que não ocorreu”.

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Motta classificou os eventos como ações de “vândalos, baderneiros” que, inconformados com o resultado da eleição, tentaram expressar sua revolta, acreditando que a violência poderia impedir o prosseguimento do mandato do presidente Lula.

O recém-eleito presidente da Câmara fez essas declarações após ser questionado sobre sua “opinião pessoal” a respeito dos ataques de 8 de janeiro. Antes disso, ele já havia expressado sua “opinião pessoal” sobre a Lei da Ficha Limpa, que passou a ser alvo da ala bolsonarista do Congresso, que busca reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

“Em um sistema democrático, onde há eleições a cada dois anos, não considerar que oito anos de inelegibilidade é uma penalidade extensa é não reconhecer o sistema democrático”, afirmou Motta. “Oito anos na política brasileira é uma eternidade.”

Ainda sobre a Lei da Ficha Limpa e o projeto de anistia aos participantes dos ataques de 8 de Janeiro, Motta afirmou que não tem compromisso em pautar ou aprovar as propostas, como desejam os bolsonaristas, nem em engavetá-las, como defendem os partidos governistas.

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