Brasil gasta R$ 6,5 bilhões com gravidez precoce e precisa agir, alerta deputada

A deputada estadual Cristiane Dantas (SDD) alertou para os altos índices de gravidez na adolescência no Brasil e cobrou ações concretas para conter o problema, que tem impactos diretos na saúde pública, na educação e na economia do país. Durante sessão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, a parlamentar destacou que o Brasil gasta anualmente R$ 6,5 bilhões com gravidezes não planejadas e que é preciso investir mais em prevenção.

“A gravidez precoce atinge milhares de meninas todos os anos, muitas delas entre 10 e 14 anos. Isso gera um impacto enorme na vida dessas adolescentes, na educação, na saúde e na economia do país”, afirmou.

Segundo a deputada, uma em cada sete crianças nascidas no Brasil tem como mãe uma adolescente, evidenciando a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e apoio psicológico para jovens em situação de vulnerabilidade.

RISCOS PARA MÃES E BEBÊS. Cristiane Dantas também ressaltou os riscos à saúde das adolescentes e dos recém-nascidos. Segundo dados citados pela parlamentar, a gravidez precoce está associada a um maior índice de complicações, como prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia e até mesmo risco de morte materna e infantil.

“O corpo de uma menina de 10 a 14 anos não está preparado para gestar uma criança. Além dos riscos para a mãe e o bebê, a gravidez precoce leva ao abandono escolar, reduz a inserção dessas jovens no mercado de trabalho e perpetua ciclos de pobreza”, argumentou.

COBRANÇA POR AÇÕES EFETIVAS. A parlamentar destacou que a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência, celebrada de 1º a 8 de fevereiro, deve ser um momento para reforçar campanhas educativas em escolas, postos de saúde e comunidades. Ela cobrou que a legislação estadual sobre o tema seja cumprida e que o governo do RN e as prefeituras garantam acesso à informação e suporte para as adolescentes.

“A prevenção é o caminho. Precisamos garantir que essas meninas tenham acesso a métodos contraceptivos, que recebam informações adequadas nas escolas e que sejam apoiadas por políticas públicas. O Brasil gasta bilhões tratando as consequências da gravidez precoce, mas precisa agir na raiz do problema”, concluiu Cristiane Dantas.

A deputada defendeu ainda que os governos municipal e estadual promovam campanhas permanentes para conscientizar adolescentes, pais e educadores sobre os impactos da gravidez precoce e a importância do planejamento familiar.

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