Autoridades debatem problemas na saúde de Marabá

Na tarde desta terça-feira (4), a Sala de Comissões da Câmara Municipal de Marabá (CMM) ficou lotada por diversas autoridades que debateram durante horas a situação da saúde pública em Marabá. A reunião foi motivada devido às mortes materno-neonatais que ocorreram neste início de ano em Marabá. A Julgar pela falta de prazos e não nomeação de cargos estratégicos, como Diretoria de Planejamento, ficou claro que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda tem muito trabalho pela frente.

O secretário municipal, Werbert Ribeiro, apresentou um quadro com os problemas herdados da gestão passada e disse que a SMS trabalha com ações de curto, médio e longo prazo, mas simplesmente não apresentou um cronograma com prazos para estas ações.

Preocupou-se também em criticar matérias jornalísticas que denunciam a verdadeira “rotina de mortes no HMI”, mas não falou sobre um problema crucial, que é a ausência de realização de exames de ultrassonografia 24h por dia, durante os sete dias na semana. Inclusive, algumas das mães que perderam os filhos no ventre foram mandadas de volta pra casa sem o exame, num primeiro atendimento. Esse foi um ponto de atenção destacado pelo promotor de Justiça, José Alberto Grisi.

“É preciso ter um ultrassom com alta disponibilidade no HMI…É um instrumento de diagnose que tem um maior percentual de certeza do que o Raios-X e tem um custo para o município menor que outros aparelhos de maior exatidão. Permite assim um custo-benefício de trazer um diagnóstico com um certo horizonte de certeza”, afirma o promotor.

A vereadora Vanda Américo também cobrou uma ação mais enérgica no sentido de resolver os problemas que são urgentes, a começar pela disponibilidade da ultrassonografia, já que o aparelho existe, mas não há profissional para operá-lo quando se precisa.

“Se a gente começar só supervalorizar esses problemas e não colocar a mão na obra, a gente não vai avançar, não vamos sair do lugar…Nós já falávamos da necessidade de ter esse profissional de ultrassom disponível 24 horas; e não dá mais pra aceitar que não tenhamos uma resposta disso. Precisa de uma autorização? A Câmara Municipal autoriza; faz um projeto pra contratar em medida de urgência esses profissionais pra que estejam 24 horas lá”, assevera a vereadora Vanda.

(Chagas Filho)

O post Autoridades debatem problemas na saúde de Marabá apareceu primeiro em Correio de Carajás.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.