Taxa de natalidade cai e RN entra em declínio populacional a partir de 2040

O número médio de filhos que uma mulher no Rio Grande do Norte tem ao longo da sua vida reprodutiva (taxa de fecundidade) caiu de 2,48 nos anos 2000 para 1,48 em 2023. Com isso, o RN está entre os estados onde menos se nasce novas crianças, ocupando a 24ª posição no país e a 8ª no Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia, segundo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta (22).

Os técnicos do IBGE estimam que a taxa de natalidade (número de crianças nascidas vivas num determinado local durante um ano, em relação à população total) no RN foi 11,5 nascimentos, quase a metade do que se observava no ano 2000. Em 2070, esse indicador deve cair ainda mais, chegando a 7,1 nascimentos.

Com a pressão da carreira profissional e na busca por melhores condições de vida, as mulheres estão deixando para ter filhos mais tarde. A idade média na qual as potiguares decidem engravidar aumentou, em média, três anos entre 2000 e 2023.

Tabela: Reprodução IBGE

Em 2070, o número de nascimentos no Rio Grande do Norte será, aproximadamente, 1/3 dos nascimentos no ano 2000. Esse fenômeno já pode ser observado em 2023, já que os 39.666 nascimentos já representam cerca de 64% dos nascimentos ocorridos em 2000 (61.939).

As regiões que apresentaram maior redução do número de nascimentos ao longo da última década foram o Norte e, principalmente, o Nordeste”, aponta Izabel Marri, demógrafa do IBGE.

No RN, a população atinge seu número máximo de habitantes em 2039, quando alcança 3.516.133 pessoas, o que representa 70.062 habitantes a mais do que temos atualmente em 2024. Porém, a partir de 2040 a população potiguar entra em declínio, alcançando os 3.075.174 de habitantes em 2070. 

Um fato que chama atenção é o fato do Rio Grande do Norte entrar em declínio populacional antes do Brasil, que só deve ter redução a partir de 2042.

Enquanto no RN a população começa a diminuir em 2040, no Brasil esse processo só será iniciado em 2042. Ou seja, no estado, a população começa a entrar em declínio antes do Brasil.

Gráfico: reprodução IBGE

Mortalidade Infantil

No Brasil, em20 anos, a taxa de mortalidade infantil baixou de 28,1 óbitos por mil nascidos vivos para 12,5.

No RN, essa queda foi ainda maior. Enquanto no ano 2000 foram registrados 40,8 óbitos por 1.000 nascidos vivos, em 2023 esse número caiu para 11,0, ficando até abaixo da média nacional de óbitos. O dado coloca o Rio Grande do Norte em 5º lugar dentre os estados com menor taxa de mortalidade infantil.

Na avaliação do IBGE, a mudança indica melhorias no sistema de saúde e na assistência materno infantil.

Tabela: reprodução IBGE

Além de diminuir a taxa de mortalidade, a Esperança de Vida ao Nascer subiu de 70,8 anos em 2000 para 77,7 em 2023. Para 2070, a estimativa é que o potiguar chegue a viver, em média, 84,1 anos.

Entre as mulheres a sobrevida é maior. Para elas, a Esperança de Vida ao Nascer em 2023 já era de 81,1 anos, para 2070, a projeção é de 86,3 anos.

Nesse caso, o RN apresenta a 5ª maior Esperança de vida ao nascer no comparativo com o restante do Brasil, ficando em 1º lugar na Região Nordeste.

Mais idosos

No Brasil, entre 2000 e 2023 houve um crescimento de quase 70% no número de idosos.

Nesse mesmo período, a proporção de idosos no Rio Grande do Norte passou de 9,4% para 15% da população. Para 2070, a projeção é que a população idosa potiguar chegue a 39,9% dos habitantes do RN.

Nacionalmente, o RN ocupou a 11ª posição na proporção de idosos na população, com 15,0%. No Nordeste, o estado é o 4º com maior proporção de idosos, ficando atrás do Piauí, Bahia e Paraíba, respectivamente.

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