Polícia Civil do Paraná orienta pais em casos de desaparecimento de crianças e adolescentes

O recente desaparecimento da bebê Eloah Pietra Alves dos Santos, em Curitiba, e a ação das forças de segurança do Paraná para encontrar a criança e devolver à sua família, chamou a atenção para o trabalho realizado no Estado com relação a esses tipos de casos. 

O delegado do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes da PCPR (Nucria) de Paranaguá, Dr. Emmanuel Gustavo Benjoino Brandão, disse qual deve ser o posicionamento dos pais em caso de desaparecimento de crianças e adolescentes.

“As famílias devem acionar imediatamente as autoridades – Polícia Militar e Polícia Civil, bem como arrecadar o maior número de informações possíveis com familiares e pessoas próximas que possam ajudar no início das buscas”, disse o Dr. Emmanuel.

É importante ter fotos e outras informações da criança ou adolescente desaparecido. “Devem ter em mãos fotografia atualizada da criança e número de eventual celular e/ou dispositivo eletrônico que esta possua. Além disso, devem divulgar o desaparecimento nas redes sociais, desde que haja autorização das autoridades responsáveis pela busca”, enfatizou o delegado.

Segundo ele, a população pode ajudar na resolução dos casos. “A sociedade pode ajudar divulgando o cartaz de desaparecimento da criança, com fotografia e número de telefone para informações. Além disso, deve evitar trotes e passar informações verídicas acerca do paradeiro da criança”, declarou o Dr. Emmanuel.

Cuidados

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) possui o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), criado em 1995, a primeira e única estrutura do Brasil dedicada exclusivamente ao desaparecimento de crianças e adolescentes. 

O Sicride tem algumas dicas para ajudar a prevenir desaparecimentos. Entre eles, a atenção redobrada em locais aglomerados. “Sempre mantenha as crianças por perto e considere o uso de pulseiras de identificação com nome e contato. Nunca deixe as crianças sem supervisão de um adulto responsável, especialmente em lugares públicos”, divulgou o Serviço de Investigação.

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Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), criado em 1995 no Paraná (Foto: Divulgação/Sesp)

A PCPR também alerta que, em situações de desaparecimento, o tempo é um fator crítico, não sendo necessário aguardar 24 horas para o registro do boletim de ocorrência. “Em caso de desaparecimento, procure a delegacia mais próxima. Para garantir uma resposta rápida e eficiente no caso de uma criança desaparecida, é essencial fornecer o máximo de informações detalhadas possível ao fazer o registro de ocorrência”, frisou a Polícia.

Essas informações, tanto para crianças como para adolescentes, são: características físicas (idade, altura, peso, cor de pele, olhos e cabelos), identificadores únicos (cicatrizes, marcas de nascença, tatuagens, piercings e próteses), roupas e pertences (descreva as roupas e objetos que a criança usava na última vez em que foi vista), condição de saúde (doenças, hábitos pessoais e estado emocional recente), último local conhecido (onde a criança foi vista pela última vez), dispositivos eletrônicos (dados sobre o celular ou outros aparelhos), contexto do desaparecimento e foto recente.

“O Sicride centraliza as notificações de desaparecimentos de crianças de até 12 anos incompletos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e atua em sintonia com outras forças de segurança e setores da sociedade civil”, informou o Sicride.

O Serviço divulga fotos e informações de pessoas desaparecidas no Paraná pelo site: https://www.desaparecidos.pr.gov.br/desaparecidos/.

Com informações da PCPR

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