José Lucena: “Empresas que não inovarem podem perder espaço no mercado”

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), José Lucena, destacou a necessidade de inovação no varejo potiguar para enfrentar desafios do mercado e manter a competitividade. A afirmação foi feita após a participação da comitiva da CDL na NRF 2025, maior feira global de varejo, realizada em Nova York, nos Estados Unidos.

A missão empresarial, organizada em parceria com a Fecomércio, levou um grupo de empresários potiguares para conhecer tendências e novas estratégias do setor. “A CDL Natal está inovando ao levar grupos de empresários de diversas áreas, para que cada um tenha uma visão diferente do mercado.

Quando um dentista olha um sorriso, ele vê os dentes. Quando um arquiteto olha um ambiente, ele vê a estrutura. O objetivo foi ampliar a percepção dos negócios e trazer soluções para o nosso estado”, afirmou Lucena.

Entre as principais tendências observadas, ele destacou o uso da inteligência artificial, novas estratégias de fidelização de clientes e a importância da experiência do consumidor no ponto de venda. Além disso, a comitiva visitou a Disney para entender como a empresa aplica técnicas de encantamento e fidelização.

“A ideia não é copiar o modelo, mas trazer conceitos que possam ser adaptados ao nosso mercado. O que faz a Disney ser referência é a forma como ela impacta o consumidor e cria conexões”, explicou.

Lucena enfatizou que o comportamento do consumidor mudou e que o comércio precisa acompanhar essas transformações. “Antigamente, o mercado de Natal se resumia ao Centro e ao Alecrim. Hoje, temos os shoppings, o comércio eletrônico e diversas opções disputando a atenção do cliente. Se a empresa não se destacar, ela perde espaço”, afirmou.

Ele apontou que a diferenciação pode vir por meio da experiência do cliente, da ambientação da loja e da valorização dos funcionários. “O colaborador bem treinado e satisfeito transmite essa satisfação para o cliente, tornando a experiência de compra mais positiva.”

No setor da construção civil, onde também atua, Lucena mencionou a popularização do conceito “Faça Você Mesmo” como uma tendência em crescimento. “A demanda por mão de obra está alta, e cada vez mais pessoas querem aprender a fazer pequenas reformas por conta própria. Nos Estados Unidos, esse modelo já é consolidado, e no Brasil tende a crescer ainda mais”, disse.

Para atender esse público, algumas lojas estão investindo em cursos práticos de pintura e reparos domésticos. “A ideia é orientar o cliente sobre como utilizar os produtos e criar um vínculo de confiança com a loja.”

Sobre o impacto da inflação no comércio, Lucena afirmou que houve uma redução no volume de vendas, mas não no faturamento monetário. “Os consumidores estão mais seletivos e buscando preços melhores, mas continuam comprando. O segredo para o lojista é ser diferente, se tornar essencial para o cliente e criar um relacionamento de confiança”, destacou.

Diante do cenário econômico desafiador, Lucena reforçou que a inovação é essencial para a sobrevivência das empresas. “Enquanto uns choram, outros vendem lenço. Quem não buscar inovação e diferenciação no mercado pode perder espaço”, concluiu.

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