Mossoró registra mais de 1,4 mil acidentes em três meses e inicia instalação de pardais

O diretor executivo de Mobilidade Urbana de Mossoró, Luis Correia, apontou que, no último trimestre do ano passado, foram registrados mais de 1,4 mil acidentes de trânsito na cidade do Oeste potiguar. Segundo ele, o número reflete uma tendência nacional de alta nos sinistros desde a pandemia e levou a gestão municipal a intensificar medidas de fiscalização, como a instalação de pardais.

“É um dado preocupante que vem crescendo pós-pandemia. […] Em três meses, é um número muito alto de mais de 1.400 acidentes em nossa cidade. Muito alto, muita gente se acidentando diariamente”, afirmou Luis Correia, em entrevista à 95 FM de Mossoró nesta terça-feira 21.

A pasta começou a fazer um apontamento dos locais que acumulam maior número de acidentes, sendo os cruzamentos os principais. “O excesso de velocidade gera acidentes. Então nós temos montado barreiras com a presença do agente de trânsito, por exemplo”.

Outro fator preocupante, segundo Correia, é o uso de celulares por motoristas, que aumenta o risco de acidentes. Ele explicou que muitos condutores acreditam ser permitido checar mensagens enquanto estão parados no semáforo, mas reforçou que a prática é ilegal e compromete a fluidez e a segurança do trânsito.

“Você está no instante de aguardo, você está aguardando o tempo semafórico, então você não pode estar utilizando o celular. Isso tem prejudicado muito o deslocamento […] e é passível de multa”, alertou o diretor.

Ele abordou o início do processo de implantação de pardais (radares) em diversos pontos da cidade, ainda em fase de teste. Segundo ele, os equipamentos estarão plenamente operacionais assim que receberem a homologação do Inmetro. Além disso, a Prefeitura está reforçando a sinalização e a instalação de lombadas em locais estratégicos, visando reduzir a velocidade dos veículos.

“O planejamento é que até o final do mês, a gente já esteja com a estrutura física de rádio funcionando. Para ninguém ser pego de surpresa, a gente já colocou placas, aliás faixas, informando que os equipamentos estão em fase de teste e a cada nova etapa a gente informar a população sobre o funcionamento”, explicou.

Capacetes inadequados comprometem a segurança

O uso irregular de capacetes também foi destacado por Luis Correia. Ele apontou que muitos motociclistas utilizam capacetes sem forro interno ou com jugulares soltas, o que compromete a proteção em caso de acidente. Ele chamou atenção ainda para o modelo popularmente conhecido como “Zaza”, que, embora legalizado, não oferece cobertura para a mandíbula, deixando os condutores vulneráveis.

“A gente já presenciou acidente de trânsito, a gente viu ali na hora o rapaz utilizando o capacete devidamente preso à cabeça e a parte do maxilar dele foi embora, com o impacto. Procure um capacete de boa qualidade, porque a sua vida que está em jogo”, relatou.

Problemas no trânsito

Luis Correia elencou ainda fatores que podem agravar a violência no trânsito no futuro, como o aumento da frota de veículos e a distração causada pelas redes sociais, reforçando a necessidade de ações contínuas e estratégicas.

“Há muitos itens que vão piorar o perfil de deslocamento da cidade, entre eles a adição de carros. Além disso, a necessidade das pessoas estarem ligadas às redes sociais potencializa os riscos de acidente de trânsito”, pontuou.

Luis Correia é diretor executivo de Mobilidade Urbana em Mossoró. Foto: Divulgação/Prefeitura de Mossoró
Luis Correia é diretor executivo de Mobilidade Urbana em Mossoró. Foto: Divulgação/Prefeitura de Mossoró
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