Ministro da Casa Civil afirma que governo federal irá adotar medidas para baixar o preço dos alimentos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou como fundamental a orientação para o governo adotar medidas para baixar os preços dos alimentos. “Vamos fazer algumas reuniões, com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda, para buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”, afirmou. A declaração foi feita durante entrevista ao vivo para o programa “Bom Dia, Ministro” do CanalGOV, nesta quarta-feira 22.

Essa é uma das prioridades do Governo Federal, como definiu o presidente Lula durante a primeira reunião ministerial de 2025, realizada na última segunda-feira. “No final do ano passado, o presidente Lula se reuniu com representantes das redes de supermercados do país para discutir pauta. Eles fizeram algumas sugestões de medidas que nós vamos implementar nesse primeiro bimestre”, acrescentou.

De acordo com o ministro, novas reuniões devem acontecer em breve com produtores de alimentos para consolidar as medidas que serão adotadas. “As exportações e o aumento do poder aquisitivo também pressionam os preços. Então, essa é uma agenda importante que nós vamos monitorar e acompanhar, porque é fundamental para garantir o aumento do poder aquisitivo do brasileiro”.

O ministro lembrou que as condições climáticas comprometeram a produção de alimentos em muitos Estados. “Tivemos um impacto em 2024 porque foi um ano atípico, do ponto de vista climático, tivemos fortes secas em muitas regiões e em outras muita chuva, e em algumas regiões tivemos as duas coisas. Isso comprometeu muitos lugares que tinham produção de alimentos, como o arroz. Obviamente, com menos oferta e mais procura, o preço sobe”, explicou.

Bons indicadores

Os avanços conquistados desde o início da gestão do presidente Lula, outros detalhes da reunião ministerial e as expectativas para 2025 também foram assuntos abordados durante o programa. “Nós estamos muito orgulhosos por tudo que nós fizemos. Se você olhar todo e qualquer indicador, construção de casas, construção de escolas, construção de creches, construção de hospitais, número de cirurgias, número de exames, qualquer área, se você comparar é muito maior do que foi feito nos quatro anos do governo passado”, avaliou o ministro.

Dívidas dos Estados

O ministro Rui Costa também comentou sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos Estados com o Governo Federal.

“Atendendo a um apelo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente Lula sancionou um projeto para facilitar e dar um desconto para às dívidas dos Estados e, portanto, diminuir e viabilizar o pagamento regular dessas dívidas. É importante o país saber que nós temos cinco Estados que historicamente têm uma dívida grande com a União e sempre atrasaram, ou por muitos períodos não pagaram suas dívidas, enquanto a maioria dos Estados brasileiros pagam corretamente seus empréstimos e suas dívidas”, afirmou.   

Rui Costa aproveitou para esclarecer sobre as críticas de alguns governadores sobre o programa e citou os estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “É preciso esclarecer: aquilo que o presidente vetou está relacionado a dívidas que os Estados fizeram com outros bancos privados e com bancos internacionais, porque não cabe ao povo brasileiro pagar por essas dívidas”, disse Rui Costa.

Os débitos dos estados chegam a R$ 765 bilhões, sendo que Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul concentram 90% desse valor. A lei do Propag prevê redução dos juros destes débitos, a depender das contrapartidas, como em educação e saneamento.

Compromisso com a verdade

Rui Costa reforçou o compromisso do governo com a verdade e com a comunicação que realmente importa ao povo. “Hoje, quando as pessoas recebem uma notícia, uma manchete, elas se perguntam se é verdade ou se é mentira. Ou seja, há uma carência por credibilidade e, por isso, o presidente nos pediu que antes de qualquer anúncio, a gente primeiro comunique para a verdade chegar antes de qualquer mentira”, afirmou.

O ministro destacou que todo o governo está orientado para medir o impacto de cada decisão pensando nas pessoas, no benefício que irá chegar. “Por mais simples que pareça, uma norma, uma medida, uma portaria do governo pode aterrorizar as pessoas nas mãos daqueles que só querem difundir notícias falsas. Infelizmente, com o fortalecimento das redes digitais nós vimos aumentar o risco pela falta de compromisso dessas redes e pela facilidade para ter acesso a informações criminosas. Mas, não se constrói uma cidade e um futuro com likes, com lacração, é preciso de seriedade, é preciso de trabalho. Quem só difunde calúnia e pânico não merece o respeito da população”.

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