Mexicano apontado como o maior fabricante de metanfetamina de SP é preso

A polícia de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (17) a prisão de um homem apontado como o maior fabricante de metanfetamina do estado e um dos pioneiros da produção da droga no Brasil, o mexicano Guillermo Fabián Martínez Ortiz.

Na mesma operação, na região central da capital paulista, os agentes da 4ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes, do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), prenderam um outro suspeito, que é brasileiro. Com a dupla presa, foram encontradas 40 gramas da droga sintética, popularmente conhecida como cristal, além de dois simulacros de arma de fogo.

As prisões fazem parte da operação Heisenberg, cujo nome foi inspirado na série Breaking Bad, na qual um professor de química, Walter White, vira cozinheiro de metanfetamina após ser diagnosticado com câncer no pulmão. Seu codinome, então, passou a ser Heisenberg.

Ortiz, de 40 anos, era engenheiro químico na petroquímica mexicana Pemex antes de se mudar para o Brasil, onde passou a cozinhar metanfetamina e, segundo o Denarc, transformou o mercado da droga no país. Até então, ela só era encontrada no país se fosse importada, a cerca de R$ 500 o grama. Com a chegada de Ortiz, o preço da mesma quantidade despencou para apenas R$ 70.

Ele chegou a ser preso em um motel na capital paulista em 2022, com 12,5 gramas de metanfetamina, armas e recipientes usados para cozinhar a droga. Ele foi condenado a um ano de prisão, mas respondeu em liberdade.

Desde então, tem sido monitorado pelo Denarc. Sua participação na rede de tráfico ficou evidente na segunda fase da operação, em dezembro passado, quando a polícia prendeu um grupo de chineses na cidade com 2,1 quilos da droga. Nos celulares apreendidos, os agentes observaram várias conversas com Ortiz negociando a droga e também armas.

Esta é a terceira fase da operação Heisenberg, que realiza ações contra uma máfia envolvida na produção de metanfetamina. A primeira foi realizada em julho do ano passado, quando o Denarc fechou um laboratório no bairro da Aclimação, na região central da cidade, e prendeu quatro homens estrangeiros e duas mulheres. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o prejuízo ao tráfico na ocasião foi estimado em R$ 1 milhão.

Os suspeitos foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e delitos conexos.

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