Janeiro começa com morte materna no HMM

Lois Lane Duarte Silva, 30 anos, morreu no Hospital Municipal de Marabá na madrugada desta quinta-feira (9). De acordo com familiares, a moça – que estava grávida de seis meses – deu entrada na Casa de Saúde, ficou internada alguns dias sem informações concretas do que de fato estava acontecendo devido a piora em seu estado clínico. Segundo informações apuradas pelo CORREIO DE CARAJÁS, a família lutava para conseguir a transferência dela para Belém, mas sem sucesso.

Na última terça-feira, 7, foi realizada a cesariana de urgência para a retirada do bebê, que foi transferido para o Hospital Regional Público do Sudeste, mas o recém-nascido não resistiu e acabou morrendo nesta quarta, 8.

Ao CORREIO, uma amiga da família de Lois Lane disse que os médicos descobriram pouco antes da cesariana que ela estava com calazar, ou leishmaniose, que é uma doença parasitária causada por protozoários e pode ser transmitida de animais para humanos ou vice-versa. Se não tratada, ela pode ser fatal em mais de 95% dos casos.

“Não sei o que está acontecendo com esses médicos. Estavam falando que era a placenta que descolou, que a causa da infecção era essa. Já nos últimos dias que vieram identificar a doença e já tinha tomado de conta de tudo. Pra mim, foi negligência. Uma mulher jovem, única filha da mãe dela. Estamos tristes demais”, disse a amiga residente na Nova Marabá, e que pediu reserva de seu nome.

Lois Lane Duarte era casada, morava na Folha 7, Nova Marabá, e deixa órfãs duas filhas.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Diórgio dos Santos, informou que o CMS vai solicitar esclarecimentos sobre o caso e que uma comissão técnica iria ainda hoje realizar visita de fiscalização no HMM.

A Reportagem do CORREIO solicitou nota sobre o assunto à Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá, mas até a publicação desta notícia não havia sido enviada.

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