TJRN aposta em plenário virtual e inteligência artificial para acelerar julgamentos

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), sob a liderança do novo presidente, desembargador Ibanez Monteiro, anunciou um conjunto de iniciativas para modernizar o Judiciário e agilizar os julgamentos. Entre as medidas destacadas, estão a implementação de um plenário virtual e o uso de inteligência artificial (IA) para elaboração de relatórios e pesquisa de jurisprudência. Essas ações buscam atender à crescente demanda processual e reduzir a morosidade judicial.

“Precisamos buscar meios que nos permitam agilizar o trabalho e responder de forma rápida e justa aos anseios da sociedade”, afirmou o presidente durante a primeira sessão ordinária do ano. Ele destacou que o objetivo é “trabalhar enquanto estivermos aqui, invertendo a ordem tradicional: produzir mais e trabalhar menos, com o suporte de tecnologias avançadas”.

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Uma das principais propostas é a implantação do plenário virtual para facilitar os julgamentos nos órgãos colegiados, especialmente em câmaras que enfrentam grande volume de sustentações orais. “Sabemos que é desafiador resolver 50, 80 processos com pedidos de sustentação oral em uma única sessão. O plenário virtual pode ser uma ferramenta para reduzir esse número e dar celeridade aos julgamentos”, explicou Ibanez Monteiro.

Essa proposta será discutida com a equipe de tecnologia do tribunal. “Vou agendar uma reunião com a equipe de TI para estudar a viabilidade e segurança do projeto. A ideia é que o plenário virtual seja um dos projetos mais rápidos de execução, dependendo do desenvolvimento da ferramenta”, detalhou.

O uso de inteligência artificial é outro destaque do plano de modernização. Segundo o presidente, a IA será empregada na elaboração de relatórios e na pesquisa de jurisprudência, otimizando o trabalho dos gabinetes e reduzindo o tempo necessário para a análise de processos. “A informática nos permite avançar na produção de relatórios e na busca por jurisprudência, o que pode ser feito de maneira mais rápida e precisa com essas tecnologias”, pontuou.

No entanto, o presidente expressou preocupação com a segurança da informação diante da ampliação do uso de ferramentas digitais. “Na medida em que ampliamos as ferramentas, também abrimos portas para invasões. Nossa equipe técnica precisará cuidar bem dessa área para evitar prejuízos maiores do que os avanços esperados.”

O desembargador Ibanez Monteiro ressaltou que a implementação dessas tecnologias é também uma estratégia para enfrentar os limites financeiros do tribunal. “O custo de investimento em tecnologias avançadas é menor do que ampliar o quadro de pessoal, especialmente porque estamos próximos do limite de despesas com pessoal. A tecnologia é uma solução viável dentro do orçamento disponível”, explicou.

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